Vice [Resenha do Filme]
Quando os terríveis eventos do 11 de Setembro ocorreram o máximo de propagação de notícias que existia era o MSN e só agora com este Vice, do diretor Adam McKay, é que saberemos qual foi o papel do vice presidente Dick Cheney, na época em que George W. Bush era o presidente dos EUA.
Diferente do sério Nixon (1995) do diretor Oliver Stone (onde Anthony Hopkins e Joan Allen deram um show de interpretação) Vice é um filme engraçado, ágil e narrado em ritmo de documentário, onde tudo é muito bem explicado, numa verdadeira aula de história da política norte-americana pra desespero dos reaças de plantão. Em flashbacks, ficamos a par dos primeiros anos da vida adulta do personagem principal e todos os seus passos em direção a um dos cargos mais poderosos da época.
Christian Bale interpreta Dick Cheney num dos melhores trabalhos da sua carreira. Engordou dezenas de quilos e atua de maneira quase mediúnica debaixo de muita maquiagem em boa parte do filme e não será surpresa nenhuma a se na noite do Oscar ele ganhar a sua segunda estatueta. O jeito de andar e a dicção estão perfeitos, num trabalho impecável de composição. Sam Rockwell faz o mesmo no papel do ex-presidente Bush, mas infelizmente tem pouco tempo em cena – fique feliz em vê-lo entre os cinco finalistas ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Amy Adams também marca presença no papel de Lynne Cheney, esposa e braço direito do vice presidente. A caracterização também está ótima e bem que a Academia poderia premiar também esta talentosa atriz que tem sua sexta indicação ao Oscar. A química entre Bale e Adams é perfeita e a comicidade da narrativa alivia um pouco o peso dos acontecimentos – ainda bem que esses brilhantes atores estão em boa sintonia e vão do drama à comédia sem dificuldades.
Vice, que anteriormente se chamava Backseat, é cinemão de primeira e o diretor Adam McKay não decepciona os fãs de seu trabalho anterior, A Grande Aposta. Sua proposta é sempre contar uma história séria e importante sem soar pedante. Existe sim um certo didatismo e a preocupação com as informações e detalhes, porém ele sabe como fazer, preocupado com um público mais jovem que assiste aos seus filmes e não se sente entediado ao final da projeção.
A declaração (real e não inventada pelo roteiro) de Cheney a uma jornalista a respeito dos eventos políticos pós o ataque as torres gêmeas é tudo o que a esquerda gostaria de ouvir e que a direita não admite, e nesse caso, não foi usado nem um tostão da Lei Rouanet na produção do longa.
Boa parte de Vice se concentra mesmo no 11/11/2011, um dos piores momentos da história norte-americana e que, envolto em polêmicas e inúmeras teorias da conspiração, é assunto até hoje. O filme não se apresenta como um retrato definitivo, mas é o mais elucidativo até o presente momento e merece ser visto e discutido. Recomendo com gosto.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Vice
Diretor: Adam McKay
Data de lançamento: 31 de janeiro de 2019
Nota 4,5/5
*conferimos o filme na cabine de imprensa
Italo Morelli
Italo Morelli
Oi Italo,
Apesar do filme ser muito interessante devido aos aspectos apresentados, confesso que não me interessou a ponto de assistir, mas foi bom conhecer um pouco mais da trama.
Bjs e uma boa semana!
Diário dos Livros
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Olá, Italo.
Esse tipo de filme não é o que eu gosto de assistir, mas me interessou. E se você não fala, não tinha reconhecido os atores ali, que mudança hehe.
Prefácio
Oi, Italo
Berro com o parte da Lei Rouanet! hahahahahahahahah
Eu não curto muito esse estilo de filme, mas o trailer chamou minha atenção quando assisti. Realmente tem uma pegada mais descontraída que pode ser interessante.
E a Amy é tão esquecida no churrasco que duvido que vão dar o Oscar de atriz coadjuvante pra ela. rs
Beijos
– Tami
https://www.meuepilogo.com
Vou maratonar os 3 que ainda faltam – indicados a melhor filme – na próxima semana.
http://clebereldridge.blogspot.com/?m=0
Obrigado pela indicação. Verei com certeza.
Jovem Jornalista
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O blog está em HIATUS DE VERÃO até o dia 23 de fevereiro, mas tem post novo. Comentarei nos blog amigos nesse período.
Até mais, Emerson Garcia