Clouds [Crítica do Filme]

Clouds, o novo lançamento do Disney Plus, foi baseado em uma história real do músico Zach Sobiech, que morreu aos 18 anos de câncer, pouco depois de marcar o hit pop viral que dá título ao filme.
Não é um filme que distingue especialmente entre o sublime e o sentimental pegajoso, mas, a esse respeito, parece verdade ao espírito de muitos românticos adolescentes, o longa conta um pouco da história dele e foi também baseado no livro “Fly a Little Higher” escrito pela mãe de Zach.
Interpretado pelo ator e músico Fin Argus, Zach é estoico, e otimista; após as rodadas de quimioterapia para osteossarcoma, ele manteve um senso de humor surpreendentemente vigoroso. Somos apresentados a ele no final de seu último ano, ainda otimista de que seu tratamento mais recente garantiria a ele um futuro, que inclui a faculdade, uma parceria musical com sua melhor amiga Sammy (a cativante Sabrina Carpenter) e, com sorte, um primeiro romance com a paixão de sua classe Amy (Madison Iseman), mas isso não será tão fácil.

Como, então, lidar com tudo isso de frente? Zach faz isso de várias maneiras, algumas alcançáveis para a maioria dos adolescentes – ele convida Amy para sair, ela aceita – e outras que pareceriam estritamente no reino da fantasia Disney se não fossem reais.
É a música da dupla que impulsiona o filme, após Zach dizer a Sammy que seu último desejo é gravar um álbum com suas músicas originais. Eles criam vídeos no YouTube para algumas de suas composições, e a faixa-título do filme se torna um sucesso viral, atraindo a atenção da mídia e, eventualmente, conseguindo um contrato de gravação. Na realidade, “Clouds” atingiu o topo das paradas do iTunes em 2013 e foi adotado como uma espécie de hino inspirador.
Sua amizade com Sammy, complicada por sentimentos e medos não expressos, é mais autêntica e comovente, graças em grande parte ao relacionamento alegre de Argus e Carpenter na tela. As relações familiares de Zach, entretanto, são principalmente traçadas em traços amplos e leves. Seus irmãos se mantém ao seu lado, enquanto os problemas conjugais de seus pais fervem educadamente sob a superfície caseira das coisas, ocasionalmente explodindo para oferecer vislumbres do que é ser um adulto. Esses momentos perdidos de descontentamento doméstico resultam em algumas das melhores cenas do longa.
Você poderia desejar que Clouds ficasse mais difícil, mas sua suavidade geral combina com o assunto: um garoto corajoso e inteligente que escreveu uma canção pop sobre a morte, não como um fim, mas como uma ascensão, “para onde a vista está um pouco melhor”.
Dito isso, o tema claro do filme, “Você não precisa descobrir que está morrendo para ter vontade de começar a viver” é, valioso e super oportuno. E expor o público mais jovem a uma conversa direta sobre a mortalidade da mesma idade, se não a xícara de entretenimento de todos, é uma discussão vital para qualquer pessoa.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Clouds
Direção: Justin Baldoni
Data de lançamento no Brasil: 22 de janeiro de 2021
Nota: 4/5
Disney Plus BR
Natália Silva

5 thoughts on “Clouds [Crítica do Filme]

  • 3 de março de 2021 em 18:10
    Permalink

    Olá, Natália.
    Eu já fui muito fã desse estilo de história, hoje não mais. Já basta o que estou sofrendo de novo com a Camila na sessão da tarde hehe.

    Prefácio

    Resposta
  • 4 de março de 2021 em 03:42
    Permalink

    Provavelmente vou começar a ver o filme esperando as lágrimas rolarem haha. Eu achei a proposta incrível e sim, adoro filmes que abordam assuntos que é importante ser discutido.

    Bjs

    Imersão Literária

    Resposta
  • 4 de março de 2021 em 12:29
    Permalink

    Oi Natália,

    Eu confesso que de um tempo para cá eu prefiro não assistir ou ler história com esse gênero, tem tanta coisa ruim e triste acontecendo que prefiro focar do gêneros mais divertidos e alegres.

    Bjs
    https://diariodoslivrosblog.blogspot.com/

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido
Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido