Suprema [Resenha do Filme]

Suprema, dirigido por Mimi Leder, é um filme baseado na vida de Ruth Bader Ginsburg, uma das primeiras mulheres a fazer parte da Suprema Corte Americana e se tornou um símbolo da luta pelos direitos iguais.
Ruth (Felicity Jones) frequentou Harvard numa época que poucas mulheres faziam  faculdade de Direito. O reitor sexista sem muitos disfarces, interpretado por Sam Waterston, não facilitou a vida da protagonista, nem mesmo quando ela precisou fazer parte do curso em outro lugar por conta do câncer do marido, Marty (Armie Hammer). Mas Ruth se forma, sendo uma das mais inteligentes e esforçada de sua turma, mas o mercado de trabalho se mostrou mais difícil ainda. Ninguém a quis no começo da carreira por ser mulher, alegaram inclusive que poderia ter problemas de ciúmes com as esposas. E assim, Ruth se tornou professora. No entanto, ao longo dos anos, a protagonista se torna bastante frustrada, até que seu seu marido encontra o caso perfeito para ela.
A relação entre Ruth e Marty é incrível. A personagem não desiste de lutar por ele quando descobrem o câncer e ele não desiste da carreira da esposa. Marty se mostrou paciente e sem ego exacerbado, sabia que a mulher era capaz de muito mais e a apoiou em todos os momentos. E destaque para a filha mais velha do casal que tem uma relação bem difícil com a mãe, mas é Jane (Cailee Spaeny) quem a ajuda a ver o quanto a sociedade se modificou ao longo dos anos.
Um caso tributário, mas que na verdade era uma questão de gênero. Marty foi inteligente ao relacionar o fato de seu cliente não poder diminuir os impostos porque era um cuidador homem. A lei só permitia o desconto se fossem mulheres cuidadoras, afinal, homens não deveriam exercer essa profissão. Porém, embora Ruth tivesse um enorme conhecimento das leis, seria sua primeira vez no tribunal, o que não deixa as coisas mais fácies. 
O filme segue a linha de todos os longas baseados em fatos reais, temos um recorte da vida da personagens, muito provavelmente só focando nos aspectos positivos dela, mas Ruth é mesmo uma heroína ao conseguir lutar pelos direitos iguais numa sociedade com leis já bastante defasadas. 
O longa tem boas atuações, Felicity Jones se sai muito bem como uma protagonista de personalidade forte e Armie Hammer também no papel do excelente marido. 
Suprema pode ser um filme simples, mas com um tema pertinente, bastante atual, já que é possível identificar ainda várias situações vividas por Ruth ainda hoje.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: Suprema
Título Original: On the Basis of Sex
Direção: Mimi Leder
Data de lançamento: 14 de março de 2019.
Nota;4,5/5

Michele Lima

3 thoughts on “Suprema [Resenha do Filme]

  • 14 de março de 2019 em 01:06
    Permalink

    Oie Michele =)

    Eu adoro as atuações da Felicity Jones. Ela sempre traz personagens fortes, determinadas e inspiradoras. Não estava sabendo do lançamento desse livro, mas só por abordar um tema pertinente e ser baseado em fatos reais, já fiquei curiosa.

    Beijos;***
    Ariane Reis | Blog My Dear Library.

    Resposta
  • 14 de março de 2019 em 12:17
    Permalink

    Oi Mi!
    Não tinha visto nada sobre o filme e confesso que não muito minha praia não, mas que bom que foi tao envolvente. Com tanto cliche e novidade um suspense bom hj em dia.

    Abraços
    David
    http://territoriogeeknerd.blogspot.com/

    Resposta
  • 15 de março de 2019 em 12:41
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    Nossa que post surpreendente em, adorei seu post muito interessam, na verdade estou adorando navegar em seu site, pois aqui encontro vários artigos interessantes de se ler como este.
    Hiper Caap Mogi
    Abraços!

    Resposta

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