Desejo à meia-noite [Resenha Literária]

Eu sou uma pessoa de fases! Já tive minha fase clássica, de romances policiais, fase de livros de aventuras, suspenses, ficção, fantasia e agora eu estou na fase de romances de época!
Passeando pelas livrarias da vida me deparei com Desejo à meia-noite, olhei a capa, vi que o enredo era clichê e eu adoro um clichê, mas não comprei. Depois em casa fui pesquisar sobre a autora e descobri que o livro faz parte de uma série. Bom, ando torcendo o nariz para séries, não tenho mais paciência para esperar o fim delas, mas lendo as resenhas do Skoob percebi que o livro faz parte de uma série que conta a história da família Hathaway. No entanto, você pode ler um sem necessariamente ler os outros! Os livros possuem começo, meio e fim, mas cada livro conta sobre um membro da peculiar família. Aliás, vale frisar que esse tipo de série está bastante comum no mercado.
Em Desejo à meia-noite sabemos mais sobre Amelia, a filha mais velha da família Hathaway. Amelia é mandona e controladora, mas tudo isso muda quando conhece Cam Rohan, um meio cigano. Amélia possui mais 4 irmãos, sendo o mais velho de todos Leo, aquele que justamente deveria cuidar da família, mas depois da morte de sua noiva só sabe beber e gastar o pouco dinheiro que os Hathaway possuem.  O livro começa com Amélia procurando o irmão pelos bares de Londres e um desses bares Cam Rohan é o gerente. Digamos que a atração entre Cam e Amelia foi quase que imediata e depois, ao longo do livro, Cam não consegue se livrar do encanto que sente pela moça, por mais que tente, assim como não consegue deixar de ajudá-la sempre ela precisa.

Cam vive um sério dilema, já que é meio cigano e meio irlandês e para fugir do que sente por Amélia quer voltar a ser apenas um cigano, abandonando inclusive sua fortuna. Já Amelia não confia em Cam por ele ser um mulherengo, além de não querer ficar presa num relacionamento, muito menos em um casamento, já que ela adora sua liberdade, assim como o próprio Cam adora a sua. Por conta disso, gostei de acompanhar o dilema dos protagonistas e o paradoxo entre liberdade e relacionamentos. Amelia tem uma família difícil, Beatriz, a caçula, é cleptomaníaca, Popy está crescendo sem ter uma educação adequada, Win tem sérios problemas de saúde e Leo está perdido por não querer aceitar a morte da noiva. Apesar de tudo isso, Amelia continua sendo bastante arrogante e orgulhosa.
Ademais das contradições entre ter uma vida livre ou um casamento, o livro mostra um pouco sobre a cultura dos ciganos e o preconceito que eles sofriam no século 19, o que me pareceu bastante interessante.

Enfim, Desejo à meia-noite não foge dos clichês dos romances de modo geral, mas possui personagens interessantíssimos e uma narrativa bem leve e divertida, o que faz com que você queira acompanhar a vida dessa família que é no mínimo bastante problemática!
FICHA TÉCNICA

Livro: Desejo à meia-noite  – The Hathaways – Livro 01
Autor: Lisa Kleypas
Editora: Arqueiro
Michele Lima

8 thoughts on “Desejo à meia-noite [Resenha Literária]

  • 24 de outubro de 2013 em 23:51
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    Eu antes me importava com enredos clichês, hoje já não ligo. O importante em um livro é ser bem escrito e me prender, me fazer viajar com ele. Este com certeza eu adoraria ler, gostei bastante da sua resenha.

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    • 25 de outubro de 2013 em 00:30
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      Oi Dayane eu concordo com vc, desde que o livro seja bem escrito e nos prenda já está valendo, né? kkkk

      Bjs

      Resposta
  • 24 de outubro de 2013 em 23:57
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    Quando eu era adolescente e pedante até a alma me importava com enredos como a Day, mas já superei isso há milênios hoje sou apaixonada por um bom romance água com açúcar e final feliz. Porque de finais mazelados já basta a vida!!! #Adoro #VaiParaLista

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    • 25 de outubro de 2013 em 00:30
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      Tb não gosto de finais infelizes não!! Por isso muitas vezes leio a última página do livro antes de comprá-lo kkkkkkkkkkk

      Bjs, Mi

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  • 25 de outubro de 2013 em 19:01
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    Parece qeu o temperamento da Amélia é bastante compativel com o dos ciganos. Essa menina boba devia pular na carroça do cigano e curtir a vida livre de um acampamento cigano. Ela tem uma ilusão de liberdade pelo q vi. Quem é livre hoje em dia? tá todo mundo amarrado em suas obrigrações, e ela pelo q entendi tá amarrada as responsabilidades da família.

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  • 25 de outubro de 2013 em 22:05
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    Pois é Alê, mas o Cam é meio dominador e a Amelia não se deixa dominar não! E sim, a coitado não pode ter uma total liberdade por conta da família que é quase um cruz….

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  • 25 de outubro de 2013 em 23:18
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    Ai meu Deus! Preciso muito deste livro!!!

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  • 26 de outubro de 2013 em 22:35
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    Michele

    Muito bom em ler sua resenha de um romance de época! Olha que é uma leitura viciante! Gostei de sua resenha que conseguiu resumir muito bem !
    Beijos

    Saleta de Leitura

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