Bridgerton – Segunda Temporada [Crítica]

Enfim, chegamos a nova temporada de Bridgerton que é do meu livro preferido, O visconde que me amava! Como eu amei Anthony (Jonathan Bailey) e Kate (Simone Ashley) e minhas expectativas estavam tão altas quanto meu receio, quando se trata de histórias favoritas é inevitável.

O enredo segue um tempo depois do casamento de Simon (Regé-Jean Page) e Daphne (Phoebe Dynevor), Anthony ainda sofre pelo afastamento de Siena (Sabrina Bartlett), mas busca incansavelmente por uma esposa. Enquanto isso, a família Sharma se hospeda na casa de Lady Danbury  e desde o início percebemos a personalidade forte de Kate, ao contrário da irmã Edwina (Charithra Chandran), que está na busca de um marido. 

Kate é uma solteirona convicta, bastante protetora da irmã mais nova e independente, o que intriga Anthony assim que se conhecem. A protagonista passa a colocar empecilhos no relacionamento de Edwina e o visconde, preocupada com a irmã, mas é aquele velho e maravilhoso clichê de inimigos que se amam. Uma das coisas que mais aprecio nos livros da Julia Quinn são os diálogos e há vários bem ácidos entre os protagonistas, o roteiro felizmente conseguiu trazer parte dessa dinâmica.

Alguns momentos merecem destaque como a cena da morte de Edmund (Rupert Evans) que foi mais emotiva do que eu imaginava e consegue colocar toda a carga que Anthony carrega depois. Como de repente ele se torna o líder da família, ainda de luto e cheio de decisões a tomar e o quanto isso o modifica. Também temos a clássica cena do jogo Pall Mall, maravilhosa no livro e divertida na série. Além da forte cena de Violet (Ruth Gemmell) tendo o último filho sem o marido.  

Em relação aos coadjuvantes tão importantes na série, Eloise (Claudia Jessie) continua sendo excepcional com sua personalidade inteligente e bem carismática, é outra mulher que não está pensando em casamento, apesar da pressão da sociedade. Sua amizade com Penelope (Nicola Coughlan) é outro fator importante, já que as amigas continuam escondendo algumas coisas uma da outra. Em casa, Penelope continua bem destratada por todos e com um coração enorme se preocupa com a família que está falida e agora sob o comando de um novo Lord Featherington. Temos um pouco mais da aproximação de Colin e Penelope, como amigos, para a tristeza dela. Nossa querida Lady Whistledown continua sendo investigada incansavelmente pela temperamental rainha (Golda Rosheuvel).

Lady Danbury (incrível Adjoa Andoh) segue perspicaz como sempre, observadora nata está sempre de olho em todo mundo e sabendo mais do que todos, mas dessa vez nem ela é capaz de ajustar tudo! E ainda acho que falta personalidade a Violet da série. Já Simone Ashley foi um show à parte, uma química maravilhosa com Jonathan Bailey. A atriz com seu olhar impactante deixa tudo muito sensual em algumas cenas. Aliás, essa temporada é menos hot do que a anterior, apesar de alguns nus, mas a série não se preocupa em apenas insinuar o uso de drogas. 

Obviamente há várias diferenças com o livro, temos o acréscimo da cultura indiana que favorece bastante o enredo e muitas cenas bem distintas da obra original. Aqui mais uma vez Danbury tem mais destaque do que nos livros da Julia Quinn, o que também é um ponto positivo. Penelope e sua família tem cenas e plots a mais, bem como Eloise que caminha por uma história que nunca apareceu nos livros. São aspectos que dão mais trama a série, não achei ruim. 

A ambientação continua espetacular e ainda com direito a toques modernos como o instrumental de músicas atuais, os figurinos são ótimos e toda a produção é de bom nível e qualidade. 

Bridgerton mantém a essência dos personagens da Julia Quinn, mas a segunda temporada parece sair mais da sombra da obra original, demarcando bem algumas diferenças, que me pareceram positivas. A série tem 8 episódios, mas poderia ser 9 sem correr no final. De modo geral, é um ótimo romance, cheio de intrigas, drama familiar, sem deixar de ser leve e divertido. 

Michele Lima

3 thoughts on “Bridgerton – Segunda Temporada [Crítica]

  • 26 de março de 2022 em 20:06
    Permalink

    Oi Michele, tudo bem?
    Eu não assisti a série pois não sei bem se iria gostar de ver tudo tão diferente dos livros. Sei que o fato de ser uma adaptação já deixa claro a licença poética que pode ser usada ao bel prazer dos produtores. Mas prefiro continuar com o encanto que senti nos livros. Sua crítica foi a primeira positiva que li até agora, pois só tenho lido reclamações e o povo decepcionado com o triângulo amoroso que criaram.
    É sempre bom, mesmo que eu não vá assistir, conhecer todas as opiniões e percepções sobre a série.
    Beijokas

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  • 27 de março de 2022 em 13:41
    Permalink

    Oi Mi! Que bom que a série tem sido agradável de ver, eu optei por não acompanhar, pois algumas mudanças que notei me incomodaram. Então prefiro guardar as histórias que amo no coração apenas na versão escrita. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

    Resposta
    • 27 de março de 2022 em 16:55
      Permalink

      Tem muitas mudanças sim minha amiga, mas eu considero obras separadas mesmo rs

      Bjs, Mi

      Resposta

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