Capitão América: Admirável Mundo Novo [Crítica]
O subtítulo Admirável Mundo Novo tem seu propósito durante a trama de Sam Wilson como o novo Capitão América. Mas podemos considerá-la por outro ponto de vista, sendo o presente da Marvel Studios, que passa por uma grande reformulação desde Vingadores: Ultimato (2019). Com criação de séries para fomentar o Disney+, multiversos para trazer nostalgia, estilos e introdução de novos personagens.
No entanto, a fase atual do estúdio não está sendo “admirável” se comparada a jornada feita entre 2008 a 2019. E retornar a franquia de um símbolo não só americano, mas que se tornou uma referência global não é nada fácil. Ainda mais que a trilogia do heroi é considerada por muitos fãs como uma das melhores presentes dentro do Universo Cinematográfico da Marvel.
No quarto filme acompanhamos a jornada do Falcão (Anthony Mackie) que recebeu a honra de Steve Rogers para ser o herdeiro do seu estudo de Vibranium. A produção já inicia com pressuposto que Sam Wilson está sólido como Capitão e diálogos diretos trazem pontos-chave abordados no seriado Falcão e Soldado Invernal (2021). Nesse quesito, pode se tornar muito explicativo para assuntos já apresentados aos cativos do universo, mas a Marvel sempre gosta de situar o grande público com linhas de diálogos nessa tonalidade.
Além disso, nosso protagonista está acompanhado de seu amigo Joaquin Torres (Danny Ramires) o treinando para ser o sucessor do traje de Falcão e Isaiah Bradley (Carl Lumbly) que foi uma das figuras centrais no desenvolvimento de sua série ao lado de Bucky. Um Super Soldado negro “esquecido” pelo governo.
Os personagens são convocados a ir à Casa Branca para acompanhar uma apresentação secreta que mudará o rumo do planeta, feita pelo novo presidente eleito, Thaddeus E. “Thunderbolt” Ross (Harrison Ford) e líderes mundiais. Sam, se vê obrigado a comparecer mesmo com diferenças e atritos passados com o ex-general, como a sua prisão por não aceitar o Tratado de Sokovia, pelo bem da nação. Já que agora ele é a força máxima do país.
Contudo, são surpreendidos por uma tentativa de assassinato ao presidente americano por um grupo terrorista comandado por Seth Voeker (Giancarlo Esposito). Wilson, vai em busca de pistas para chegar ao paradeiro dessa figura e reviravoltas misteriosas podem comprometer o futuro de Ross em Washington.
Diante disso, a narrativa entregue pela Marvel é arquitetada de maneira simplória, básica, isenta e sem originalidade para todos os eventos ao decorrer do longa. Entretanto, a produção está longe de ser ruim, mas podendo se tornar esquecível como a grande maioria dos filmes genéricos de herois. Apenas um bom entretenimento e está tudo bem.
O centro dos holofotes fica com a introdução de Harrison Ford ao papel de Ross, já que o primeiro ator, William Hurt, faleceu em 2022. E acaba roubando atenção se comparado ao próprio Capitão América.
A produção também é uma grande homenagem ao “O Incrível Hulk” de 2008, na qual foi a primeira aparição de Ross no UCM. Além disso, conforme revelado no marketing do projeto, a sua contra parte monstruosa dos quadrinhos, Hulk Vermelho, é apresentada e acabará deixando os fãs chateados.
Já os efeitos visuais convencem e são melhores que os do próprio Professor Hulk e Mulher Hulk que sofreram com polêmicas por suas aparências. E principalmente a mudança características de Bruce Banner como Hulk que é um dos maiores personagens da história da Casa das Ideias. Porém, infelizmente por motivos contratuais passados, o personagem não podia ser tão explorado somente em participações especiais como nos Vingadores.
Em suma, a estética abordada pelo novato diretor Julius Onah tenta emular o tom mais acinzentado e sério idealizado pelos Irmãos Russo. Bem como, assuntos que tentam levar para o lado da espionagem e questões políticas, acabam se perdendo no próprio potencial.
Todavia, Anthony Mackie é carismático, sem dúvidas um dos fatores que fazem prender o espectador no desenvolvimento da trama e no manto patriótico. Já o antagonista não consegue transmitir força se comparado a outros vilões, mesmo com motivações impostas.
FICHA TÉCNICA
Título: Capitão América: Admirável Mundo Novo
Data de Lançamento: 13 de fevereiro de 2025
Direção: Julius Onah
Marvel Studios
Parece ser um bom entretenimento.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está em HIATUS DE VERÃO do dia 19 de janeiro à 06 de março, mas comentarei nos blogs amigos nesse período. O JJ, portanto, está cheio de posts legais e interessantes. Não deixe de conferir!
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