Respire! [Crítica da série]

Na série Respire! acompanhamos a protagonista Liv (Melissa Barrera), uma jovem que se perde no deserto selvagem do Canadá depois da queda um avião particular. Sendo aparentemente a única sobrevivente do acidente, Liv vai precisar lidar com a natureza e seus próprios demônios internos para se manter viva, algo nada fácil na situação em que se encontra. Além disso, a personagem enfrentará a solidão, as frustrações e quem sabe descobrir o caminho de volta. 

Quando você vê o trailer, já imagina se tratar de uma série de sobrevivência comum, porém a série é mais do que isso. Os detalhes me prenderam bastante e é importante ressaltar que a série trabalha o lado emocional e psicológico da protagonista. O foco não é só a sobrevivência em uma floresta cercada de dificuldades. Liv também tem que enfrentar o seu passado que ainda a atormenta enquanto busca sobreviver. 


“Além de ter que sobreviver, obter o suficiente para comer, não morrer dos elementos, ela também é forçada a sentar-se lá fora e ficar em silêncio. Ela não tem onde se esconder. Ela é forçada a meio que reconciliar seu passado para seguir em frente nessa paisagem e em seu futuro esperançosamente.” disse Martin Gero, um dos escritores da série junto com Brendan Gall à EW.

Respire! nos faz refletir sobre os nossos problemas, podemos nos imaginar na floresta, isolado, perdido e lutando com os nossos fantasmas. Uma série curta com 6 episódios, mas muito rica em seus detalhes. Cada pessoa que ver essa série pode ter diversas sensações diferentes e até sair com uma avaliação de si mesmo. Uma ótima recomendação.

Everton

One thought on “Respire! [Crítica da série]

  • 11 de maio de 2023 em 12:35
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    O pricipal problema da série é a forma como ela é vendida. Não se trata da história de um personagem que após um acidente tenta sobreviver num ambiente inóspito, mas sim de uma pessoa que se utiliza de uma situação limite para resolver seus traumas de infância e demais problemas existenciais. Normalmente autores tratam problemas psicológicos de seus personagens utilizando-se de metáforas que podem variar de combates armados, fugas de prisões ou mesmo “sobrevivência na selva”. Pois é, o autor de “Respire” tentou inverter a ordem das coisas, colocando a personagem vivenciando verdadeiramente uma situação de sobrevivência e se utilizando de seus traumas do passado para superá-la. Não funcionou. O que é vendido como uma trama claustrofóbica de sobrevivência acaba por entregar uma sessão de terapia barata e por vezes descontextualizada.

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