O Projeto Adam [Crítica do Filme]

O projeto Adam é uma aventura de ficção científica com ar nostálgico e com um bom drama familiar.

Ryan Reynolds é conhecido pelos filmes de ação com pitadas de comédia e ele é bom nisso, é inegável. E quando me deparei com o plot desse filme achei que teríamos algo como Duas Vidas (protagonizado por Bruce Willis), numa versão mais ácida e acelerada, mas me enganei, o que foi uma pena porque o longa tinha potencial para explorar o drama com humor. No entanto, se na primeira parte somos apresentados a um Adam jovem com questões muito boas como bullying e o luto, na segunda parte em diante somos jogados a uma trama de ficção muito mal explicada.

A trama tem uma boa premissa, Adam de 2050 volta no tempo para salvar sua esposa que viajou para 2018, só que por um erro ele para em 2022 e encontra seu “eu” mais jovem. E apesar de dizer que não pode falar do futuro, obviamente ele acaba falando. Seu pai inventou a viagem no tempo e sua sócia se aproveitou no futuro para voltar ao passado e mudá-lo a seu favor, mesmo que isso tenha proporções catastróficas. Adam e sua esposa Laura (Zoe Saldana) tentam impedir e ficam na mira da vilã.


O Adam jovem é interpretado pelo ótimo ator mirim Walker Scobell, que se sai muito bem, cheio de carisma e parece mesmo Ryan em seus trejeitos. Sem dúvida a interação dos dois é o ponto forte da trama! Já Laura chega do nada e fica por pouco tempo apesar da sua importância, criando pouca conexão. Ao contrário de Louis (Mark Ruffalo), pai de Adam, que é bem diferente do que eu tinha imaginado e melhor explorado.

Ter Mark Ruffalo e Jennifer Garner como casal lembra bastante De repente 30, mas a nostalgia é mais do que isso! Em muitos momentos, o longa dirigido por Shawn Levy (Stranger Things) lembra filmes com crianças e pré-adolescentes dos anos 80, em que a aventura é mais importante do que ter uma trama profunda, mas mesmo levando em conta essa boa proposta, o enredo acaba pecando em dar explicações científicas, sendo muito fraco nesse sentido. E o CGI na cara da vilã de Catherine Keener também não funciona como previsto.

Entretanto, se o espectador embarcar na aventura do longa, sem se importar muito com explicações detalhadas, pode aproveitar melhor a experiência. O projeto Adam é divertido, um bom elenco, um ótimo apego infantil, mas que poderia ter sido melhor executado. Não é ruim, é só mais um bom entretenimento. 

Trailer

FICHA TÉCNICA

Título: O projeto Adam
Título: The Adam Project
Direção:  Shawn Levy
Data de lançamento: 11 de março de 2020
Netflix

Michele Lima

3 thoughts on “O Projeto Adam [Crítica do Filme]

  • 13 de março de 2022 em 10:32
    Permalink

    Olá, Michele.
    Faz tanto tempo que não assisto quase nada que nem estou por dentro dos filmes. nem sabia desse ainda hehe. E acho que assistiria pelos atores, porque o enredo não chama muito a minha atenção não.

    Prefácio

    Resposta
  • 13 de março de 2022 em 12:01
    Permalink

    Oi Mi! Eu vi bastante gente comentando sobre o filme, mas a premissa não me chamou muita atenção. Acho que esse vou deixar passar. Bjos!! Cida
    Moonlight Books

    Resposta
  • 22 de março de 2022 em 17:03
    Permalink

    Oi Michele, tudo bem?
    O cartaz desse filme sempre aparece para mim no Spotify, não sei por que. Talvez por eu ouvir muitas trilhas sonoras nesse estilo.
    Gostei da premissa, e também de saber o que esperar depois de ler suas resenha!

    Até mais;
    Mente Hipercriativa | Universo Invisível

    Resposta

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