Eternos [Crítica do Filme]

Eternos é um dos filmes da nova fase da Marvel e traz com certeza a marca da diretora Chloe Zhao, com um longa mais intimista, focado nos dramas dos personagens e não necessariamente na ação.
A trama mostra um grupo enviado do espaço, bem antes de Cristo, chamado Eternos com a missão de ajudar a humanidade a combaterem os Deviantes, se multiplicarem e se desenvolverem, mas sem entrar nos conflitos entre humanos. E é por isso, por exemplo, que eles não se envolveram na guerra contra Thanos.
O grupo é liderado por Ajak (Salma Hayek) que tem o poder de regeneração, mas desde o início percebemos que algo está errado com a missão deles. Os anos passam e acompanhados a protagonista Sersi (Gemma Chan) no tempos atuais vivendo com Sprite (Lia McHugh), que tem a forma de adolescente e assim como os demais não envelhece (me lembrei bastante de Claudia de Kirsten Dunst em Entrevista com o vampiro).
Cada um dos Eternos tenta viver uma vida razoavelmente comum enquanto esperam o chamado para voltar para casa. No entanto, os Deviantes reaparecem mais fortes e o grupo que tinha se separado precisa se unir novamente, mas no meio do caminho algumas revelação sobre eles são feitas.
Os Eternos tem uma fé inabalável em quem os comanda, mas isso também é colocado em dúvida durante a trama. E o roteiro trabalha muito bem sobre as questões existenciais, sobre a humanidade e laços afetivos. Como filme introdutório, os personagens são mostrados aos poucos e o ritmo é lento, sem pressa para desenvolver alguns personagens, mas superficial com outros. E por meio de flashbacks vamos entender o que aconteceu com o grupo ao longo dos anos enquanto estavam unidos.
É interessante como cada um dos personagens lida com os séculos de vida acumulados, Thena personagem da sempre incrível Angelina Jolie sofre de Mahd Wy’ry, quando um deles não aguenta a quantidade de memórias. Kingo (Kumail Nanjiani) virou ator de Bollywood e é responsável pelo alívio cômico do filme e Phastos (Brian Tyree Henry) resolve construir uma família. Já Sprite tenta esconder seus transtornos por nunca conseguir envelhecer. E Sersi tenta um novo relacionamento depois de ser abandonada por Ikaris (Richard Madden) um dos mais poderosos Eternos. A trama foca bastante no relacionamento dos dois.
Eternos tem referência a mitologia grega, Thena é confundida com Atenas, Ikaris é uma referência a Ícaro, por exemplo. O longa mostra diversas paisagem, já que o grupo viaja por diferentes lugares e por várias vezes temos a natureza contemplativa, o que colabora com o intimismo do filme.
Eternos poderia ser um pouco mais dinâmico e alguns personagens como Driug de Barry Keoghan e Makkari de Lauren Ridloff foram pouco explorados, mas é um filme que se sobressai com um elenco excelente e um tom muito mais sóbrio do que outros da Marvel, apresentando uma trama mais madura. Tem várias referências ao MCU e inclusive a DC e não deixa de lado o humor em algumas cenas.
O longa tem duas cenas pós-crédito que nos indicam um pouco sobre a continuação e uma delas envolve o personagem Dave Whitman de Kit Harington.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Eternos
Título Original: Eternals
Direção: Chloe Zhao
Data de lançamento no Brasil: 3 de novembro de 2021
Disney

Michele Lima

One thought on “Eternos [Crítica do Filme]

  • 3 de novembro de 2021 em 17:02
    Permalink

    Confesso que esse filme não chamou a minha atenção. Aqui na minha cidade ele estreia amanhã.

    Boa semana!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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