Matilda: O Musical [Crítica do Filme]

Matilda – O Musical é uma adaptação da Netflix da peça de teatro da Broadway que também é uma adaptação do livro de Roald Dahl, autor de outros sucessos como A fantástica fábrica de chocolate. Dahl já expôs opiniões antissemitas, mas o cancelamento do autor não respinga em nada na obra e nem na nova versão. 

Os pais de Matilda Wormwood (Alisha Weir) queriam um menino, mas veio uma menina. Desmiolados, negligentes e completamente sem a capacidade de dar amor à filha, os pais dela a tratam mal o tempo todo e um dia são obrigados a colocá-la na escola. E Matilda não vai pra qualquer lugar, ela vai para um escola que é comandada pela vilã Agatha Trunchbull (Emma Thompson).

Avisada pelos pais de Matilda, a diretora acredita que a garota é uma pestinha, o que não é verdade. Matilda é apenas uma garota com inteligência acima da média, um prodígio, que passou parte da infância lendo os livros de uma biblioteca ambulante e tem um ótimo pensamento crítico. E cheia de opiniões, a protagonista começa a questionar as regras da escola que mais parece uma prisão. Aqui a gente encontra claramente uma crítica excelente sobre sistemas rígidos de educação onde as crianças sofrem mais fisicamente do que aprendem qualquer coisa. Matilda questiona o fato de ser tratada como burra e um ser inferior apenas por ser criança e sem querer, acaba revolucionando o lugar!

Paralelamente a isso, Matilda é uma excelente contadora de história e desenvolve uma cheia de dramas em que a dona da biblioteca ambulante sempre fica ansiosa para saber mais. A princípio essa história dentro de outra história me parecia sem sentido, mas em determinado momento a gente entende a importância dela. Aliás, embora eu tenha sentido que o longa poderia ter sido menor, todas as cenas acabam sendo bem justificadas. E vale ressaltar também os poderes telecinéticos de Matilda que me lembram de Carrie de Stephen King de 74, mas as protagonistas são completamente diferentes! Destaque também para a relação de Matilda com a professora Honey (Lashana Lynch).

Tecnicamente falando, Matilda: O Musical é excepcional, as danças, figurinos, músicas tudo muito bem executado e a minha cena preferida é a do bolo que uma dos alunos é obrigado a comer. A parte das canções é muito pessoal, são letras ótimas, mas eu me senti saturada delas depois da metade do filme. No entanto, para quem gosta de musicais, é um prato cheio. 

O longa vai muito além da primeira versão dos anos 90 e trilha seu próprio caminho em um musical exuberante. Você pode assim achar que poderia ser mais enxuto, mas é inegável que é uma boa produção. 

FICHA TÉCNICA

Título: Matilda: O Musical
Título Original: Matilda 
Direção: Matthew Warchus
Data de lançamento: 25 de dezembro de 2022
Netflix 

Michele Lima

3 thoughts on “Matilda: O Musical [Crítica do Filme]

  • 2 de janeiro de 2023 em 20:57
    Permalink

    Ninguém teve a capacidade de fazer uma revisão nesse texto e corrigir o fato de nomearem a Matilda como Maldita???
    Até gostei da critica, mas uma simples revisão é necessária, por favor!

    Resposta

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