Uma Invenção de Natal [Crítica do Filme]

Uma Invenção de Natal é sem dúvida um dos filmes visualmente mais bonitos da Netflix! A direção dá um verdadeiro espetáculo na ambientação, figurino e ainda é preciso dizer sobre CGI e stop-motion que deixam tudo ainda mais agradável aos olhos de crianças e adultos! Já o roteiro, acaba sendo bem mais simples, mas o carisma e atuação de Madalen Mills é um dos pontos principais do longa.
O filme começa com a personagem de Emmy Phylicia Rashad contando uma história de natal para seus netos. Jeronicus (Justin Cornwell/ Forest Whitaker) tem um incrível loja de brinquedos, cheia de encantos e magia, mas um dia faz um invenção bem arriscada, o boneco Don Juan Diego (Ricky Martin) que tem uma personalidade egoísta e egocêntrica. Para não permitir que seu criador fabrique outros iguais a ele, Don Juan convence Gustafson (Miles Barrow/ Keegan-Michael Key), assistente de Jeronicus, a roubar suas invenções e criar sua própria fábrica.
Roubado, Jeronicus sente que perdeu o jeito para invenções e se afunda em depressão, depois do falecimento da esposa ele afasta inclusive a filha Jéssica dele. Anos depois, a ponto de perder o que restou da loja, pede para ver a filha e recebe em seu lugar sua neta Journey. Inteligente, perspicaz e extremamente carismática, ela consegue ver tudo aquilo que o avô via antes, consegue imaginar todas as teorias absurdas, a fantasia e a magia. O problema é que Jeronicus perdeu a fé em si mesmo e tem uma enorme dificuldade de voltar a criar.
O longa é um musical, mas infelizmente as músicas não me agradaram tanto, inclusive achei algumas fora do tempo certo da narrativa, o que afetou um pouco meu envolvimento com o filme. No entanto, Journey e Edison (Kieron L. Dyer) me deixam com um sorriso no rosto o tempo todo. Edison é um garotinho que sempre acreditou no talento de Jeronicus e suas cenas com Journey são excelentes. Já o vilão Gustafson tem pouca força no longa, Don Juan Diego tem mais do que ele, mesmo numa interpretação mais caricata na voz de Rick Martin. E vale ressaltar que Jeronicus lembra bastante Ebenezer Scrooge de Um conto de natal de Charles Dickens, rabugento, de difícil empatia em boa parte do filme. 
A ambientação do longa nos faz lembrar de filmes de fantasia como Harry Potter e o estilo musical de O Rei do Show, a mistura é boa, mas o filme não chega no mesmo patamar dos citados. 
Uma invenção de natal tem uma história clichê, divertida, que talvez tivesse funcionado melhor se não fosse um musical. Ainda assim se destaca por bons personagens, excelente elenco e visualmente encantador.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Uma invenção de natal
Título Original: Jingle Jangle: A Christmas Journey
Direção: David E. Talbert
Data de lançamento no Brasil: 13 de novembro de 2020
Netflix

Michele Lima

2 thoughts on “Uma Invenção de Natal [Crítica do Filme]

  • 1 de janeiro de 2021 em 10:31
    Permalink

    Olá,
    Esse acredito que é um dos poucos natalinos na Netflix que não me chamou a atenção para assistir. Gostei da sua resenha sobre ele, visualmente parece ser realmente lindo, mas isso de ser um musical e falhar em ser um musical é bem prejudicial mesmo. Uma pena!

    Beijo!
    http://www.amorpelaspaginas.com

    Resposta

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