Cobra Kai – Última Temporada [Crítica]
Já é com nostalgia que me lembro de Cobra Kai sendo exibida no You Tube com pouco orçamento! Que felicidade foi acompanhar o crescimento dessa história que foi parar na Netflix e se tornou um sucesso mundial! E agora chegamos ao fim da série, com um encerramento épico.
Mesmo amando Cobra Kai, a série dava sinais de que precisava ser encerrada ou ficaria dando voltas e mais voltas, sem sair do lugar! E nessa sexta e última temporada o enredo andou, finalmente. Johnny (William Zabka) e Daniel (Ralph Macchio) deixam as diferenças de lado para disputar o Sekai Taikai, mas é evidente que são senseis muito diferentes, o que sempre gera boas cenas! Há uma disputa interna para eles decidirem os capitães da equipe e os integrantes que vão disputar o torneio. Mais uma vez os jovens entram em muitas intrigas, mas gostei que Samantha (Mary Mouser) e Tory (Peyton List), Robby (Tanner Buchanan) e Miguel (Xolo Maridueña) tentem acertar as contas de modo mais maduro! E como a pobre Tory sofre! A série gosta de complicar a vida da menina!
A primeira parte do torneio se passa em Barcelona e fomos apresentados a outras equipes, o que foi bem interessante. Daniel descobre que seu querido Sr. Miyagi não era nenhum santo e tinha um passado sombrio, deixando o personagem bastante incomodado. No entanto, a segunda parte da última temporada acerta todas as arestas e Daniel se reencontra como sensei!
O acerto de contas de Johnny e Kreese (Martin Kove) foi bem emocionante, com um dos diálogos mais bonitos da série. Johnny não sofreu exatamente porque foi derrotado pelo Daniel lá em 1984, mas principalmente pela forma que foi tratado por aquele que ele tinha como um pai. Johnny para mim sempre foi o verdadeiro protagonista da série, mas em alguns momento perdeu espaço para o Daniel, ficando para ele apenas alívio cômico. Entretanto, na segunda parte ele volta a brilhar, voltando a ter o protagonismo que merece.
Em relação ao elenco jovem, o romance foi muito diluído e se tornou irrelevante. Quase esquecível o relacionamento de Tory e Robby e Samantha e Miguel. Porém, o lado amoroso da história de Chozen (Yuji Okumoto) brilha bastante.
Foi um deleite acompanhar Cobra Kai, fiquei muito feliz por ver antigos personagens de volta e dando espaço profissional para atores já quase esquecidos em Hollywood. Além de trazer boas revelações no elenco jovem.
Como Cobra Kai virou uma mina de dinheiro, sabemos que a trama foi encerrada devidamente, mas que o Universo de Karatê Kid ainda pode nos entregar mais, a começar pelo filme Karatê Kid: Lendas, que estreia ainda esse ano, com Ralph Macchio e Jackie Chan! Ainda bem!
Michele Lima
