Belo Desastre [Crítica do Filme]

Primeira vez que li Belo Desastre da autora Jamie McGuire eu já estava avisada de que me depararia com um relacionamento problemático, que Abby era fingida e sonsa e Travis obsessivo de dar medo. E foi exatamente assim e assim mesmo eu fiquei super envolvida na trama porque a autora soube muito bem construir seus protagonistas. A primeira coisa que se deve dizer da adaptação para os cinemas é que essas características negativas dos personagens estão lá, mas muito mais leves, tão leves que o longa entrega uma comédia romântica com pouco drama.

Abby (Virginia Gardner) é bem misteriosa, claramente guarda um segredo. Ela entra para a mesma faculdade da amiga America (Libe Barer) que namora Shepley (Austin North), primo de Travis Maddox (Dylan Sprouse). Logo de cara o casal leva Abby para um luta clandestina no campus e lá ela conhece o famoso Cachorro Louco, Travis. Tesão à primeira vista! Só que Abby nega o que sente sempre e se recusa a ser só mais uma na longa lista do protagonista. No entanto, Travis é insistente e insiste até conseguir em uma aposta fazer Abby morar um mês na casa que ele, Shepley e America dividem. Aos poucos o casal se torna bastante amigo, confidentes, o que é bem bacana na história, à medida que o tesão entre eles aumenta.

Durante todo o filme vamos nos deparando com cenas bem clichês de comédia românticas e bem divertidas, inclusive. Ri bastante na tentativa de Abby não demonstrar interesse em Travis e dele claramente sabendo que ela o quer. Abby tem um passado complicado com o pai, o que acaba fazendo sentido seu receio com o protagonista, mas claramente é uma fingida. Travis do filme é agressivo, possessivo, com uma fala problemática sobre a roupa da Abby, mas bem mais leve do que é no livro. E toda essa leveza acaba justificando de certa forma o final do longa. É diferente porque não cabe a tragédia intensa do livro aqui. Acho que é uma modificação bem coerente com a proposta do longa.


America e Shepley são ótimos coadjuvantes e a química entre os atores Dylan Sprouse e Virginia Gardner funciona muito bem em tela. É um casal muito mais simpático e divertido do que na história original. Aliás, o longa brinca bastante com o gênero comédia romântica e não deixa de alfinetar a toxicidade da obra After. O ponto negativo é que Travis poderia ainda ser menos impulsivo e alguns diálogos na hora do sexo são bem bregas. Destaque para uma cena específica no hotel que beira ao absurdo, mas eu confesso que ri justamente por isso.

Enfim, não tinha muitas expectativas positivas para o filme, mas se surpreendeu positivamente. Com as expectativas alinhadas, qualquer um pode assistir sem ter lido o livro, rir e curtir um romance leve, descontraído e com muita cenas hot! 

Para ler nossa resenha do livro CLIQUE AQUI

FICHA TÉCNICA

Título: Belo Desastre
Título Original: Beautiful Disaster
Direção: Roger Kumble
Data de lançamento: 13 de abril de 2023
Diamond Films

Michele Lima


One thought on “Belo Desastre [Crítica do Filme]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino
Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino