A Órfã 2 – A Origem [Crítica]

Quando Isabel Furhman disse que havia gravado uma continuação de A Órfã (2009) sem uso de efeitos visuais ou maquiagem, eu sinceramente achei que este A Órfã 2 seria uma catástrofe. O tempo foi passando e não se divulgava uma única foto, trailer ou pôster, o que me levou a pensar que o resultado não havia agradado ninguém e que teria sido engavetado – o que infelizmente aconteceu com Batgirl.

Fazer uma prequela de um filme 13 anos depois e cuja protagonista era uma atriz de 12 anos e que hoje tem 25 com, mas com cara de 40, foi um tanto quanto corajoso. Porém, esse detalhe não chega a atrapalhar a experiência. Foram feitas trucagens de câmera para que ela ficasse com a mesma altura que tinha em 2009 e o melhor, sua atuação está na mesma frequência, o que dá muita credibilidade ao seu trabalho. Os roteiristas são os mesmos do filme antigo, mas o diretor foi substituído: no lugar de Jaume Collet-Serra (que estava ocupado com as filmagens de Adão Negro), temos William Brent Bell, se redimindo dos péssimos Bonecos do Mal 1 e 2.

A história é quase manjada, com sacadas que nos lembram imediatamente de outros filmes, mas que funcionam bem quando unidas. Os diálogos estão afiados, o elenco é bom e tem um plot twist que muda tudo e prepara o terreno para o filme de 2009, fazendo a conexão necessária e flertando com o lúdico. As referências vão desde O que aconteceu a Baby Jane? (1962) a Rebecca (1940) do mestre do suspense Alfred Hitchcock, sem medo do pastiche.


Esther não fica atrás de nenhum outro psicopata do cinema e Isabel Furhman está ótima, servindo uma atuação tão precisa quanto a da primeira vez que interpretou a personagem. Se Isabel mentiu dizendo que ainda possuía o mesmo rostinho infantil em cena, não faltou com a verdade ao afirmar que o resultado era de qualidade. Julia Stiles também surpreende em seu melhor papel em anos e é desde já forte candidata ao…Framboesa de Ouro de pior atriz coadjuvante de 2022. Melhor que ela não há!

E por tudo isso, A Órfã 2 ganha o selo Cine Trash anos 90 de aprovação e merece pelo menos mais uma continuação.

FICHA TÉCNICA

Título: A Órfã 2
Título Original: Orphan: First Kill
Direção: William Brent Bell
Data de lançamento no Brasil: 15 de setembro de 2022
Diamond Films

Italo Morelli Jr.

One thought on “A Órfã 2 – A Origem [Crítica]

  • 21 de setembro de 2022 em 13:21
    Permalink

    O primeiro filme me deu bastante medo. Esse parece ser bem interessante e introdutório, né?

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar com muitos posts interessantes. Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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