Ele é demais [Crítica do Filme]

Não há nada mais óbvio do que dizer que Ele é demais é repleto de clichês e todo mundo sabe, nem precisar assistir ao filme pra ter certeza, já que é uma releitura clássica de Ela é demais, sucesso dos adolescentes da época (eu mesma) com Freddie Prinze Jr., Rachael Leigh Cook, Paul Walker e Matthew Lillard. Agora o filme da Netflix traz Tanner Buchanan (Cobra Kai) e Addison Rae como protagonistas.
Seguindo a mesma linha do original, só que invertendo os gêneros, Padgett Sawyer (Addison Rae) é a garota popular da escola e nessa versão modernizada ela também é uma influencer digital patrocinada. Padgett posta absolutamente tudo nas redes sociais, mas esconde o fato de ser uma garota pobre e não tão superficial quanto parece. Tentando fazer uma surpresa para o namorado Jordan (Peyton Meyer), ela descobre ao vivo que é traída e viraliza na internet de modo muito negativo. Humilhada e sem patrocínio, a protagonista aceita uma aposta em que transformará o garoto mais esquisito da escola em um cara popular e Rei do Baile, o escolhido é Cameron (Tanner Buchanan).
Existe uma certa resistência de Cameron em absolutamente quase tudo, é praticamente um garoto contra qualquer coisa hypada e popular, mas Padgett vai rompendo todas as barreiras dele e aos poucos eles vão se envolvendo verdadeiramente.
O roteiro é simples, com cenas completamente previsíveis, afinal, todo mundo sabia que teria uma cena de mudança de visual, um momento musical, outro de vergonha alheia, mas ainda assim foram momentos divertidos. Alden (Madison Pettis) é uma vilã fraca, Jordan é mais raso do que um pires e a Padgett de Addison Rae não chega nem perto da Laney de Rachael Leigh Cook (que faz o papel de mãe da protagonista aqui) e muito menos Zack de Freddie Prinze Jr., o equivalente do garoto popular. No entanto, ainda assim, a atriz conseguiu colocar bastante carisma em uma personagem que tinha tudo para ser desagradável. Já Tanner Buchanan aparece com um projeto de barba horrível em boa parte do filme, consegue uma cena Cobra Kai (para minha felicidade) e me convenceu como garoto contracultura. Destaque também para a representatividade, ainda que leve, no filme.

Ele é demais é uma ótima releitura, um filme leve, animado, sem toxidade, divertido, romântico. Nada complexo, nada excepcional, mas cumpre o que propôs. Quem assistiu o original vai se sentir nostálgico como eu com a trilha sonora com direito a Kiss Me e com a participação de Matthew Lillard e Rachael Leigh Cook no filme e quando toca I Love You Baby também me lembrei bastante de 10 coisas que eu odeio em você. Enfim, um ótimo filme estilo comédia romântica sessão da tarde.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Ele é demais
Título Original: He’s All That
Direção: Mark Waters
Data de lançamento: 27 de agosto de 2021
Netflix
Michele Lima

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