Um Príncipe em Nova York 2 [Crítica do Filme]

Um príncipe em Nova York 2 não é melhor do que o primeiro, mas isso a gente já sabia! Continuações podem ser sempre bem complicadas, ainda mais uma com mais de 30 anos depois do primeiro filme! No entanto, apesar de não conseguir ter o mesmo impacto do que o primeiro, o segundo nos traz todo sentimento de nostalgia com Eddie Murphy, agora rei e sofrendo problemas parecidos com o de seu pai.
Em 1988 a história de Um príncipe de Nova York foi original, com elenco negro e trazendo temos africanos para Hollywood com bom humor e criticas inteligentes. Já agora o longa cai em vários clichês, mas ainda continua acertando nas críticas, principalmente em relação ao machismo no meio político.
A trama se parece um pouco com o primeiro filme, mas agora o príncipe rebelde não é Akeem (Eddie Murphy), mas sim seu filho descoberto inesperadamente quando seu pai, Rei de Zamunda, está prestes a falecer. Pressionado por inimigos em sua fronteira e com uma política que não permite que sua filha seja a rainha, Akeem volta à Nova York para buscar o filho perdido. Lavelle (Jermaine Fowler) tem um jeito folgado, assim como toda sua família, um tanto bobo, mas ao mesmo tempo esperto e muito consciente da sua posição social. Debochado, o rapaz ao mesmo tempo quer aproveitar a chance de ser um príncipe, mas tenta manter o orgulho também. Akeem agora como Rei enxerga no filho uma esperança de tentar acabar com os problemas com o líder rival, general Izzi (Wesley Snipes), mas não percebe que sua filha mais velha é a mais preparada de todos para assumir o comando.
Todas as situações que Lavelle passa nos seus desafios para ser príncipe são engraçadas ou situações de vergonha alheia. É um tanto bizarro que Akeem nem cogite um teste de DNA, aliás nosso antigo Príncipe de Nova York mudou bastante, age como seu pai, mas passa por um processo de amadurecimento como Rei também. A relação da família de Javelle, principalmente sua mãe Mary (Leslie Jones), com a Lisa (Shari Headley), esposa de Akeem, é ótima! E os melhores momentos são de fato os nostálgicos, o pessoal da barbearia, o pastor maluco, Semmi (Arsenio Hall) e sua lealdade. Destaque também para Wesley Snipes, suas cenas são as mais insanas do longa e o ator se sai excelentemente bem na comédia, além da ótima adição de Tracy Morgan, como tio de Lavelle.
O roteiro escorrega em alguns momentos, resoluções fáceis, previsíveis, mas consegue trabalhar com primor toda a nostalgia que envolve o filme. Eddie Murphy continua atuando como vários personagens e é sempre bom ver sua versatilidade como ator. Também foi muito bom ver que o filme conseguiu manter o elenco antigo e mesclou bem com novos personagens, Javelle de Jermaine Fowler não é o Akeem de Murphy, mas tem seu carisma.
Apesar do roteiro fraco, o longa conseguiu manter a nostalgia e mostra uma produção impecável, os figurinos são incríveis, a ambientação muito boa e a trilha sonora sensacional, inclusive o filme tem várias cenas de musical!
Com a expectativa alinha, Um príncipe em Nova York 2 não decepciona.
Trailer

FICHA TÉCNICA
Título: Um príncipe em Nova York 2
Título Original: Coming 2 America
Direção: Craig Brewer
Data de lançamento no Brasil: 5 de março de 2021
Amazon Prime Video
Michele Lima

3 thoughts on “Um Príncipe em Nova York 2 [Crítica do Filme]

  • 10 de março de 2021 em 02:09
    Permalink

    Oi, Mi! Tudo bom?
    Eu não espero nada desse filme além duma farofada de sessão da tarde como era o primeiro, então acho que vou adorar! É nostalgia pura e nossa, eu adorava TANTO o original. Ansiosa pra conferir, só falta tempo.

    Beijos, Nizz.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 10 de março de 2021 em 20:14
    Permalink

    Não vi nem o clássico nem esse. Estou por fora, mas ele parece ser ótimo.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA voltou do Hiatus de verão cheio de novidades e posts novos!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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