The Boys [Resenha da série]

Eu demorei pra começar The Boys e quando comecei não consegui mais parar! É um série inteligente que desconstrói com perfeição nossa ideia de b
ondade dos super heróis, afinal, ninguém é perfeito, muito menos eles, que são arrogantes, prepotentes, egoístas, pervertidos, assassinos, entre outras coisas. Bom, nem todos, mas boa parte deles. 


The Boys é baseada nas HQS de Garth Ennis, publicadas pela Dynamite Entertainment, e acompanhamos a história de Hughie Campbell (Jack Quaid) um rapaz pacato que trabalha numa loja de eletrônicos e que um dia diante de seus olhos viu a namorada sendo morta por um dos Sete, o A-Train (Jessie Usher). Os sete é um grupo de heróis que trabalha para a empresa Vought combatendo os crimes no país. No entanto, eles não são absolutamente nada do que parecem ser. A empresa tenta um acordo com Hughie que se nega a aceitar por saber que não foi um simples acidente. E com isso aparece Billy Butcher (Karl Urban) em sua vida e junto com ele The Frenchman (Tomer Capon), Francês em português, e depois Mother’s Milk (Laz Alonso), Leitinho na versão brasileira, que vão tentar descobrir todos os podres dos heróis na tentativa de desmascará-los. 
Butcher é um dos personagens mais interessantes da série, sarcástico e bruto ele tem suas próprias motivação para enfrentar Os Sete, embora não tenha nenhum poder pra isso. O passado de Butcher é pesado e nos faz entender um pouco de suas atitudes. Já o The Frenchman é um assassino profissional, cheio de mistérios e Mother’s Milk é um homem que já fez parte do grupo, mas bem que tentou seguir sua vida ajudando jovens delinquentes. O grupo investiga o composto V e encontra The Female (Karen Fukuhara), uma garota brutal que não fala e só quer voltar pra casa.

Do lado dos heróis temos Starlight (Erin Moriarty), Luz Estrela em português, a heroína realmente boa da série que descobre que trabalhar como um dos Sete não é exatamente um conto de fadas. Ao entrar no grupo, Annie sofre abuso sexual por The Deep (Chace Crawford), ou Profundo na versão brasileira, e vai perceber que o trabalho de heroína envolve muitas mentiras, tudo em favor do dinheiro e poder.
Hughie conhece Annie sem saber que ela é Starlight e quando descobre Butcher o incentiva usá-la para obter informações sobre os heróis. No entanto, os sentimentos de Hughie por Annie parecem verdadeiros, assim como os dela por ele.
A série é violenta, tem cenas fortes, pesadas e outras bem bizarras como uma gozada fatal e uma dinamite no traseiro. Por várias vezes fiquei olhando para tela pensando no que eu tinha acabado de ver. No entanto, o mais interessante de The Boys é como o roteiro trabalha a hipocrisia dos heróis que nada mais são do que uma reflexo da nossa sociedade. Preocupados com poder, dinheiro, aparências, engajamentos nas redes sociais, a crítica que se faz ao universo das celebridades é bem interessante. Já na segunda temporada, a série aborda também racismo e nazismo.

Também é fácil perceber o paródia que se faz com os heróis da DC e Marvel. Homelander, (Antony Starr), ou Capitão Pátria em português, seria uma mistura de Capitão América e SuperMan com valores invertidos. É um psicopata incontrolável, mata sem piedade, de um narcisismo que impressiona. Queen Maeve (Dominique McElligott), ou Rainha Maeve, seria a Mulher-Maravilha e embora aceite tudo que Homelander faz, fica visível que ela entra no jogo do herói porque é incapaz de ir contra ele. The Deep seria o Aquaman, com poderes de falar com os animais aquáticos e é um homem abusivo. Ainda temos o A-Train (referência ao Flash), ou Trem-Bala, Translucent ou Translúcido (Alex Hassell), que fica invisível e Black Noir (Nathan Mitchell), um herói bem misterioso. Na segunda temporada ainda aparecem outros personagens, sendo Stormfront (Aya Cash), Tempesta, a mais significativa de todos. 
Outra personagem interessante é Madelyn Stillwell (Elisabeth Shue), líder da Vough que controla os heróis, a relação dela com Homelander é bastante estranha e ela está tentando convencer o senado a usar os heróis no exército. Stillwell é capaz de qualquer coisa para conseguir o que deseja. 
As duas primeiras temporadas da série estão disponível no Prime Vídeo e consegue manter o bom nível, com muitas surpresas e reviravoltas. Bem produzida com um elenco que se encaixou perfeitamente em seus papeis, The Boys é um das melhores séries do momento, sarcástica, perspicaz e que nos faz torcer contra os super heróis. 
ALERTA SPOILER!!!

O último episódio da segunda temporada é de um girl power incrível, muito satisfatório ver Kimiko, Maeve e Starlight surrando a nazista da Stormfront! E eu realmente acreditei que o Butcher trairia a Becca! Fiquei com pena do filho do Homelander e adorei que eles contaram quem foi o responsável pela explosão de cabeças do episódio 7. Aliás, deixaram um ótimo gancho para a terceira temporada. 
Vale ressaltar também a incrível cena de Homelander se masturbando ao luar, nunca vi homem com tanto tesão em si mesmo. E ansiosa para saber mais da personagem que parece a Eleven de Stranger Things e que foge do Hospital. 
Por fim, aceita Fresca?
FIM DO SPOILER
Michele Lima

2 thoughts on “The Boys [Resenha da série]

  • 11 de outubro de 2020 em 14:03
    Permalink

    Eu não posso ver essa série, pois cancelei minha assinatura na Amazon Prime. Mas meu namorado viu e gostou bastante da série. Ela realmente é para mostrar que ninguém é perfeito e ser herói não quer dizer ser bonzinho o tempo inteiro. Se parar para pensar, várias atitudes deles nos quadrinhos mostram exatamente isso.
    Bjks!

    Mundinho da Hanna
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    Resposta
  • 12 de outubro de 2020 em 00:54
    Permalink

    Oi, Mi! Tudo bom?
    Pra mim aquele último episódio foi tudo que a cena girl power dos Avengers: Endgame tentou ser e falhou terrivelmente. A surra foi MARAVILHOSA até dei replay antes de avançar no episódio UIASFIUASBGUOAB
    Queen Maeve nunca critiquei.
    Essa segunda temporada foi um estouro, não teve um episódio fraco, fiquei aaaaaaaaa o tempo todo. Já tô ansiosa pela próxima.

    Beijos, Nizz.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta

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