Original Netflix – O Mundo Sombrio de Sabrina
O Mundo Sombrio de Sabrina da Netflix está a milhões de quilômetros do clássico do anos 90, mas é um relógio do tempo encantador.
Quando a Netflix disse que estava recriando Sabrina, foi uma decisão que tanto entusiasmou como preocupou os fãs do show dos anos 90. A representação de Melissa Joan Hart no personagem principal é tão arraigada nas memórias de infância, que era quase um sacrilégio rodar a história novamente. A série familiar era sem esforço charmosa, e o risco que isso fosse perdido com a Netflix poderia acontecer. Mas, ao invés de apenas recriar o show, a gigante do streaming revisitou os quadrinhos originais de Archie Comics e, como resultado a Sabrina de 2018 é uma bruxa muito diferente.
O mundo Sombrio de Sabrina tem suas raízes no mundo das histórias infantis, e sua base é igual a anterior – Sabrina (Kiernan Shipka), a bruxa adolescente órfã que é filha de uma mãe mortal e de um pai bruxo, sendo criada por suas duas tias bruxas (a calorosa e amigável Hilda, interpretada pela encantadora Lucy Davis, e a matrona Zelda, recriada por Miranda Otto), seu namorado Harvey Kinkle (Ross Lynch), e seu lindo gato Salem (que dividirá opiniões), também vemos as lutas que ela enfrenta como uma meia bruxa tentando equilibrar suas “duas” vidas, mas é com esses fatores – chave do material de origem que as semelhanças entre os dois programas terminam, e isso irá encantá-lo totalmente.
Sabrina está a escassos dias de seus dezesseis anos e do subsequente Batismo Negro (como uma comunhão), que a trará para o rebanho do Senhor das Trevas como um acólito da Igreja da Noite. No entanto, Sabrina que é metade humana, metade bruxa, não quer desistir de seu lado humano, duvidosa das alegações de que a dela é uma religião de liberdade. Então, naturalmente, Satanás e seus lacaios não perdem tempo tentando convencê-la de que andar no Caminho da Noite é o que é absolutamente certo.
Os espectadores mais jovens provavelmente conectaram o fascínio de Sabrina com minúcias mágicas de outras duas franquias da cultura: Harry Potter e Buffy, a Caça-Vampiros. Como Harry, Sabrina aguenta difíceis ritos de passagem que seus pais lidaram antes dela, sem eles para guiá-la através deles. E como Buffy, ela está protegendo uma cidade – Greendale, nesse caso – atormentada pelo paranormal.
A série é incrivelmente estilosa, com cada pequeno detalhe pensado e toda aparência cuidadosamente selecionada. Mas, embora pareça impressionante, é a atuação que brilha. Shipka faz o personagem de Sabrina como a “bruxa acordada”, confiante e cheia de empoderamento, que nos traz à tona todo o protagonismo da mulher nos dias atuais. Outro destaque, se dá para a professora favorita de Sabrina Sra. Wardwell (interpretada por Michelle Gomez), que tem uma virada. Com seu sorriso curvo e entrega diabólica, ela cativa a cada vez que está na tela. Na verdade, é o lado mágico do show que brilha por toda parte. Seja a rivalidade adolescente com as Irmãs Estranhas (um grupo de garotas da Academia de Artes Ocultas), ou o primo de fala suave de Sabrina, Ambrose Spellman (Chance Perdomo).
O ponto alto da série vai além de uma audiência surpreendente, ou até mesmo de fazer comparações entre diferentes tipos de fanatismo religioso. Na verdade, nesta Sabrina, a “religião” representa qualquer tipo de crença fervorosa: uma afiliação política, uma causa social, um fã clube esportivo, seja o que for. Líderes carismáticos de qualquer movimento tendem a pintar a si mesmos e a seu “lado” como justos e a subestimar críticas legítimas. Então aqui vai, onde, de acordo com os sacerdotes, satanismo não é sobre o “mal”, e sim sobre o “livre arbítrio”.
O Mundo Sombrio de Sabrina mostra o senso situacional das pessoas sobre o certo e o errado, e pede aos espectadores que considerem o quanto as ideologias às quais se apegam são determinadas por nascimento ou circunstâncias. É uma pequena jogada retórica inteligente que a série nos traz.
Os pontos mais fortes da série estão em seu mundo sombrio, um lugar que dá a nossa heroína uma arena na qual pode atrapalhar uma consequência fantástica. Batendo de frente com o Diabo (sim, literalmente), Sabrina não foge daquilo que pode ser chamada de blasfêmia, mas é exatamente isso que faz com que seja tão divertida. Pervertida e subvertida das formas mais tortuosas, O Mundo Sombrio de Sabrina certamente preencherá o buraco retro-assustador deixado em seu coração pela falta de Stranger Things este ano – e te deixará com uma vontade enorme de conhecer o lado sombrio.
Depois de encerrar a primeira temporada, estou ansiosa para conhecer a segunda temporada da série, já anunciada, e percorrer o caminho da noite.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: O Mundo Sombrio de Sabrina
Título Original: Chilling Adventures of Sabrina
Criador: Roberto Aguirre-Sacasa
Data de lançamento: 26 de outubro de 2018
Nota: 5/5
Netflix
Natália Silva
Oi Nathália,
Eu amei a série, fui completamente surpreendida, porque esperava não gostar! HAHAHAHA
Não sou fã de terror, mas achei muito gostosinha a temporada.
beeeeijos
http://estante-da-ale.blogspot.com/
Olá, Natália.
Excelente analise da série. Eu ainda estou na dúvida se assisto ou não. Não gosto muito dessas coisas de diabo e satanismo, mas acho que vou ver o primeiro episódio para sentir o clima e me decidir hehe.
Prefácio
Hey Natália! Tudo bom?
Comecei a assistir essa série e tô adorando!
Obrigada pelo comentário lá no blog.
Volte sempre!
~ miiistoquente
Oi Natalia! A série tem agradado geral, até mesmo quem erá fã da primeira versão. Não terminei ainda, mas estou achando bem surpreendente. Bjos!! Cida
Moonlight Books
Olá, estou acompanhando a série também, se não me engano estou no sétimo episódio e amando a série. Eu assistia a primeira versão de Sabrina, mas confesso que não era uma grande fã, então prefiro mil vezes essa versão, com o adendo ao Salém, mas adoro esse gatinho também. Fora que a série aborda o bulling de uma maneira muito séria e eu adoro a personalidade da Sabrina.
Beijoss
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Olá NAtália!
Se eu tinha dúvida de assistir, agora já tenho certeza de que quero! Tinha meu receio justamente por causa da série original.. mas com essa proposta de rever os quadrinhos, teremos algo diferente que não vai estragar né? apenas trazer um outro lado.. gostei bastante da sua resenha! quero assistir já!!
beeijo
https://lecaferouge.blogspot.com/
Preciso muito ver, mas as provas da faculdade me impedem XD Adorei a resenha! Pelo visto a série é muito boa mesmo!
Fiquei bastante curiosa para ler os quadrinhos recentes da Sabrina, estou torcendo para a Panini publicar aqui =D
ah é a proxima serie que vou assistir com certeza! eu era super fã nos anos 90 e to doida pra ver esse remake
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Oi, Natália!
Confesso que assisti só até o terceiro episódio porque comecei a achar fantasioso demais e então deixei de lado 🙁 adorei a resenha, concordo que as atuações são ótimas mesmo!
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com
Oi, Natália!
Eu não sei ainda se vou assistir ou não. Já vi algumas resenhas falando que não dá medo, outras falando que dá um pouco, sim e eu sou muito medrosa hahaha Então ainda não sei o que vou fazer. Ela está lá na minha lista, vamos ver…
Beijinhos,
Galáxia dos Desejos
Oiii Natalia
Só escuto elogios sobre a série e quero muito assistir, eu era louca pela Sabrina quando mais jovem, e esse remake me preocupou logo que anunciaram, porém tantos elogios que tenho lido ja me deixaram amis tranquila, e curiosa demais em conhecer essa versão mais obscura de Sabrina.
Beijos
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Oi, Natália
Eu ainda não tive tempo de conferir essa série mas é a primeira vez que me vejo animada para assistir algo. Como nos anos 90 eu ainda estava nascendo, eu não conferi essa série antiga mas acho bem vinda essa diferença, acho que uma pegada mais sombria fica mais interessante.
Beijo
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Oi Nat, tudo bem?
Estou querendo ver essa série, só vejo falar bem dela!
Blog Entrelinhas
Ainda estou assistindo a série, mas, apesar de poucos episódios pude perceber tudo que você disse na sua resenha. Acho que o destaque da trama é a Sabrina ser tão carismática, nova e empoderada!
Nanda, Gravado na Memória
Adorei a resenha, mas não é uma série que eu veria.
Boa semana!
Jovem Jornalista
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Até mais, Emerson Garcia
Como não morrer de orgulho dessa resenhista? Eu sou aquele tipo de "mãe" que vem comentar coisas do tipo "é o meu bebê que escreveu" hahaha. Aguente, você conhece a peça.
Sabrina era uma das nossas séries prediletas, e assim, as expectativas estão nas alturas. Ainda não consegui conferir, mas irei.
Resenha divina!
http://pausaparapitacos.blogspot.com/
Oi Natalia!
Grande revelação do ano,sem dúvidas.Fiquei meio dividido quando a Netflix anunciou a adaptação,mas quando vi o primeiro episódio eu praticamente pirei de tão boa que a série ficou,não só pela história,mas pelo cenário em si,pelos personagens….
Já quero demais a segunda temporada.
Beijos!
http://livreirocultural.blogspot.com/