Missão Impossível – O Acerto Final [Crítica]

Missão Impossível o acerto final

Em seu oitavo capítulo e continuação direta de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte 1 (2023), O Acerto Final reafirma a longevidade surpreendente da franquia e a dedicação incansável de Tom Cruise para entregar um espetáculo cinematográfico.

Dirigido novamente por Christopher McQuarrie, o filme entrega o que o público espera: ação intensa, reviravoltas mirabolantes e uma ética inabalável por parte de seu protagonista, Ethan Hunt. Mas será isso o bastante?

Ethan, ao lado de sua equipe, tentará derrotar definitivamente uma arma cibernética conhecida como “Entidade”. A inteligência artificial tem o potencial de destruir a humanidade, acessando os arsenais nucleares do mundo e também acabar com a política global. E ainda precisará reviver momentos de sua trajetória para lutar contra o vilão Gabriel (Esai Morales).

Cruise, mantém uma presença física e dramática impressionante. Ele continua realizando suas próprias cenas de risco sem dublês e colocando autenticidade às sequências de ação. O longa entrega uma declaração de amor ao cinema clássico de ação, mas podemos dizer que o público já espera esse quesito que é praticamente a essência da saga.

A narrativa, no entanto, parece repetir fórmulas conhecidas nas produções anteriores, em outros projetos de Hollywood e até em games(Como a expansão do GTA Online O Golpe do Juízo Final que tem as mesmas características narrativas desse “fechamento” da jornada de Hunt). A ameaça global indefinida, os jogos de confiança e traição dentro da equipe da IMF, a corrida contra o tempo formam uma estrutura já exaustivamente explorada anteriormente. Apesar disso, McQuarrie mostra habilidade em manter o ritmo ágil, envolvente, apreensivo, angustiante e sabendo onde inserir pausas emocionais para aprofundar o drama de seus personagens.

Missão Impossível o acerto final
Os coadjuvantes, como Grace (Hayley Atwell) e Benji (Simon Pegg), têm momentos pontuais de brilho, mas são claramente escanteados para reforçar o protagonismo absoluto de Cruise. Já o personagem de Luther Stickell, ganha uma importância maior nessa produção. Como no longa anterior, o vilão, Gabriel, embora visualmente marcante, carece de motivações claras que sustentem o suspense. Sendo caricato e destoando de toda a cosmologia imposta na trama.

Tecnicamente, o filme é irrepreensível. A cinematografia explora locações internacionais com um olhar quase turístico, mas competente. A trilha sonora com os temas icônicos, contribui para a atmosfera de urgência constante nas cenas de agito. Já a montagem, precisa e elegante, permite que o espectador compreenda a lógica das sequências de ação, mesmo as mais insanas e algumas que deixarão o espetacular perdendo o fôlego de apreensão.

O Acerto Final é uma obra tributo (igualmente o sétimo projeto) para a jornada de Ethan Hunt até aqui, não revoluciona nem se arrisca e talvez nem precise, já que o público ama esses conceitos pré-estabelecidos. Ele encerra (ou ao menos promete encerrar) um ciclo com dignidade e um desfecho com impacto emocional. É uma celebração do heroísmo à moda antiga, conduzida por um ator de classe. Mas que poderia ser mais polido em seus antagonismos. 

FICHA TÉCNICA

Título: Missão Impossível – O Acerto Final
Título Original: Mission: Impossible – The Final Reckoning
Direção: Christopher McQuarrie 
Data de lançamento: 22 de maio de 2025
Paramount Pictures

Lucas Venancio

One thought on “Missão Impossível – O Acerto Final [Crítica]

  • 19 de maio de 2025 em 11:30
    Permalink

    Um filme e tanto. Gosto muito dessa franquia. Ela é agitada, cheia de ação e reviravoltas.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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