Goosebumps: O Desaparecimento [Crítica]
A famosa série de livros de terror infanto juvenil Goosebumps, criada por R.L. Stine entre 1992 a 1997, já recebeu diversas adaptações para séries de TV, filmes, games e agora está chegando em sua segunda adaptação para o streaming no Disney+.
Na nova temporada, Goosebumps: O Desaparecimento, que também é um seriado isolado do lançado em 2023, mostra os gêmeos Cece (Jayden Bartels) e Devin (Sam McCarthy) indo passar férias com o seu pai, o cientista botânico Anthony Brewer (David Schwimmer) em Gravesend no Brooklyn na cidade de Nova York. E quando coisas estranhas começam a surgir no bairro, os irmãos precisam se juntar a amigos para salvar uma ameaça adormecida que assombrou o passado de sua família e conhecidos próximos.
Habitualmente a trama de Goosebumps é bem similar a cosmologia imposta pela maior parte da franquia, sendo um grupo de jovens que se reúnem para combater mistérios e assombrações para um escopo mais centralizado sem grande alarde. E claro que a saga recebeu grandes influências de contos de terror, suspense e ficção científica, como do grande escritor Stephen King.
A jornada dos jovens aos longos dos episódios é bem arquitetada para com toda a ambientação que está girando em torno deles. Entretanto, as coincidências relatadas durantes as cenas acabam deixando a narrativa um pouco repetitiva no ciclo de eventos, já que tudo parece está girando entre os personagens centrais como uma maldição que precisa ser quebrada.
O grande destaque vai para atuação de David Schwimmer, que consegue transmitir bem as ideias de seu personagem com drama e alívios cômicos em pontos certeiros. Como a narrativa é um terror infanto juvenil, a comédia é um ponto-chave, já que consegue mixar com o suspense e prender o espectador ao longo dos episódios. E como na produção anterior, as transições escuras entre cenas lembram séries do gênero entre os anos 80 e 90 que leva para os comerciais dando grau de suspense para o que está por seguir.
Porém, com todos esses aspectos que mantém uma singularidade no tom da franquia, há tons datados como as linhas de diálogos com frases de efeito desnecessárias que surgem de maneira inesperada e que acabam deixando os personagens “burros”, mas, na verdade, acompanhamos que eles não teriam esse tipo de atitude. Nesse quesito, acaba quebrando o ritmo da história e da relação que temos com os personagens.
No entanto, está longe de atrapalhar a série na totalidade, que ainda continua gostosa de acompanhar. Sendo leve, humorada, prendendo atenção com uma boa trama, desenvolvimento das figuras centrais e do antagonista. E claro com os gostosos sustos e suspense que é chave da série, além de finalizar com boas mensagens. Acaba sendo inevitável que a obra cairá na mesmice clássica desse formato que mesmo assim acaba funcionando para o grande público.
Vale a pena conferir que venham mais adaptações.
Parece ser uma série incrível.
Boa semana!
O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!
Jovem Jornalista
Instagram
Até mais, Emerson Garcia