Garotos Detetives Mortos [Crítica]
Desde o trailer de Garotos Detetives Mortos eu me animei com a vibe sobrenatural e apesar da série não ter tido números incríveis na Netflix (parte disso pelo fenômeno Bebê Rena, quantos estavam vendo outra coisa?), eu gostei bastante.
A série está no universo do Neil Gaiman, mas não precisa ter visto nada dele antes pra entender essa história.
Edwin Paine (George Rexstrew) e Charles Rowland (Jayden Revri) são fantasmas jovens que ajudam outros fantasmas a resolverem suas histórias e mistérios Para não irem para o além, fogem da Morte o tempo todo.
Edwin viveu 70 anos no inferno injustamente e é visivelmente apaixonado pelo amigo Charles, embora ele mesmo não perceba. Por conta disso, quando eles conhecem Crystal (Kassius Nelson), o personagem se torna bastante chato por ciúmes de Charles com ela.
Crystal é uma vidente que foi possuída por um demônio, os garotos tentam ajudá-la, mas a jovem perde suas memórias e acaba ficando com os detetives, para o desespero de Edwin. Os episódios tem o formato do vilão do dia e aos poucos vai construindo o plot principal da história.
Charles é um personagem mais aberto e simpático, Crystal e ele sempre se preocupam com os outros, fantasmas ou não. Já Edwin é um personagem que começa emburrado, mas aos poucos evolui bastante na série, principalmente pela dificuldade de lidar com seus sentimentos. Diria que é o personagem mais complexo da história.
Garotos Detetives Mortos mostra um universo bem rico na parte sobrenatural, com feitiços, magia, demônios, bruxas e a parte burocrática do além. O trio acaba funcionando melhor ao longo da série tendo uma quarta personagem no grupo, a Niko (Yuyu Kitamura), que surpreende bastante. Além de outros coadjuvantes que chamam bastante atenção como a Jenny (Briana Cuoco), uma mulher gótica dona do açougue onde os protagonistas se hospedam.
A Netflix tem outra série sobrenatural no mesmo estilo, Lockwood & Co, mas que não vingou também, assim não tenho tanta esperança da possibilidade de Garotos Detetives Mortos, o que é uma pena porque acho que a série tem potencial.
Michele Lima