Sonic 2 – O Filme [Crítica]

Não é a primeira vez que você viu essa história.

Pegar personagens de desenhos ou jogos de videogame, trazê-los à Terra para interagir com seres humanos e, juntos, ambos aprendem uma importante lição de vida. Space Jam: O Jogo do Século, de 1996, Os Smurfs, de 2011, e Detetive Pikachu, de 2019, são alguns exemplos de filmes que seguem esta fórmula. Em Sonic, isso não é diferente e sua sequência repete o mesmo padrão, embora de forma mais acertada ao expandir o universo e introduzir mais elementos dos jogos para esta franquia.

No entanto, o cuidado da produção em inserir esses elementos em doses homeopáticas para que o público não familiarizado com o videogame entenda é digna de uma salva de palmas. O primeiro filme foi bastante introdutório. Sonic e Dr. Robotnik, interpretado por Jim Carrey, se enfrentam pela primeira vez, formando uma importante conexão. Em Sonic 2, Carrey ganha um visual muito mais parecido com sua versão dos jogos: a careca e os bigodes longos o deixam ainda mais caricato e infame. Temos também o aparecimento das Esmeraldas do Caos e a chegada de dois personagens clássicos: Tails e Knuckles.


Neste filme, Sonic e Tails precisam encontrar a Esmeralda Mestre antes de Robotnik e Knuckles, que podem colocar em risco o destino do universo. Enquanto isso, Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter) têm o casamento de sua irmã Rachel (Natasha Rothwell) no Hawaii.

O grande ponto alto do roteiro está no espaço dado para cada um dos personagens secundários. As irmãs Maddie e Rachel, que foram relegadas a alívio cômico no primeiro filme, agora desempenham um papel mais ativo e importante para o desenrolar da trama.

Contudo, a falta de originalidade e o clichê permeiam o filme. Algumas coisas são tão previsíveis que você sente como se já tivesse visto isso diversas e diversas vezes. A tentativa do filme em alcançar diferentes públicos é notável. As referências aos Anos 80 são várias. Algumas são demasiadamente expositivas, como Caça-Fantasmas, de 1984, e outras bem sutis, como Negócio Arriscado, de 1983, filme que lançou a carreira de Tom Cruise. 


O clima “family friendly” é o mesmo do primeiro. A premissa de entregar um conteúdo capaz de agradar todo mundo continua. Aliás, tem muito mais humor, almejando alçar o público infantil também. O trunfo fica para a impecável atuação de Jim Carrey. Embora não seja nenhuma novidade, o ator brilha na sua melhor forma, tal como já vimos em outros papéis da sua carreira.

Se você procura entretenimento e diversão para o fim de semana, Sonic 2 é o filme ideal. Apesar de tudo, o longa conseguirá agradar os fãs da franquia de videogame e deixa o gancho para o terceiro filme, que promete trazer mais personagens clássicos e amados por sua fanbase. 

Aliás, tem uma cena pós-créditos e você não pode deixar de ver!

Trailer

FICHA TÉCNICA

Título: Sonic 2 – O filme
Título original: Sonic The Hedgehog 2
Direção: Jeff Fowler
Data de lançamento: 7 de abril de 2022
Paramount Pictures Brasil

Alexandre Agassi

One thought on “Sonic 2 – O Filme [Crítica]

  • 6 de abril de 2022 em 11:16
    Permalink

    Ainda não vi nem o primeiro. Parece ser muito interessante e nostálgica essa produção.

    Que bom que encontrei seu blog novamente! Fazia tempo que não comentava.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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