Heartstopper [Crítica da série]

Heartstopper é uma série britânica baseada na HQ homônima da autora Alice Oseman! Um roteiro que se remete bastante à obra original, sendo bem sensível ao tratar da sexualidade e das descobertas dos seus protagonistas!

Charlie (Joe Locke) é assumidamente gay e estuda em uma escola só para homens. No passado ele sofreu bullying, mas não se isola porque tem Isaac (Tobie Donovan) e Tao (William Gao) como amigos. Em uma de suas aulas ele se senta perto de Nick (Kit Connor), um jovem bastante popular, cheio de amigos e um ótimo jogador de rúgbi. E dos dois nasce uma bonita amizade e eles ficam cada vez mais próximos.

Charlie se apaixona pelo amigo, mas sofre porque acredita que é um romance que nunca acontecerá, mas aos poucos começa a ter esperança. Nick incorpora Charlie na equipe de rúgbi, intensificando a amizade dos dois que se tornam quase inseparáveis. Até que o próprio Nick fica em dúvida sobre seus sentimentos. E assim como na HQ, tivemos na série um certo destaque inicial para a relação abusiva de Charlie e outro garoto na escola que não se assume gay, o que faz com que Nick tenha medo de fazer o amigo passar por situações parecidas. 

A jornada de Nick é mais complexa,  porque além de lidar consigo mesmo, precisa lidar com a opinião dos amigos. Já Charlie tem mais segurança sobre sua sexualidade e tenta dar suporte ao amigo, sem pressioná-lo. 

Se nos dois primeiros volumes da HQ os protagonistas estão sempre em evidência, na série o roteiro abre espaço para os coadjuvantes, o que fez a história ficar bem rica. Elle (Yasmin Finney) é uma aluna trans que começa a frequentar uma escola de meninas, lá ela conhece Tara (Corinna Brown) e Darcy (Kizzy Edgell), um casal super fofo que passa também pela dificuldade de assumir para todos. E Elle tem uma relação bem próxima com Tao, uma ótima dupla na trama.

A autora  das HQs Alice Osman também é roteirista da série, o que colabora para o roteiro abordar os assuntos com bastante leveza e sensibilidade! E a pouca duração dos episódios (8 no total) favorece bastante para que nada seja cansativo e arrastado demais. Achei Jenny Walser ótima nas poucas aparições como Tori, protagonista do livro Um ano solitário e os atores de modo geral se saem bem. Kit Connor consegue passar bem toda a dificuldade de Charlie em entender seus próprios sentimentos. No entanto, acredito que o destaque fique para  Yasmin Finney como Elle e queria mais cenas de Olivia Colman.

Enfim, a série é uma boa adaptação, funciona sem a necessidade de ler as HQs e nos entrega uma excelente história de descobertas na adolescência.

Trailer

Michele Lima

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