Jolt: Fúria Fatal [Crítica do Filme]

Jolt estrelado por Kate Beckinsale estreia no Prime Video e acompanhamos a história de Lindy que já na infância os pais detectaram um distúrbio neurológico que a faz ter impulsos e raiva, mais precisamente assassinos!
Lindy foi internada desde cedo por não conseguir viver em sociedade e quando adulta recebe um aparelho de choque que ela usa todas as vezes que os impulsos aparecem. A protagonista não consegue ter conexão com as pessoas e nem uma vida normal (coisas que irritam todos nós podem levá-la a matar) até que encontra um homem e se apaixona. No entanto, ele morre e Lindy com toda sua raiva bem acumulada sai em busca de vingança, ao mesmo tempo que é perseguida pela polícia por ser a principal suspeita do crime.
O roteiro apresenta cenas rotineiras que nos irritam facilmente, como sentar ao lado de um homem folgado no trem ou se deparar com uma garçonete chata, mas para Lindy pode ser o suficiente para ter raiva e matar. Ela entende o problema, entende que precisa se controlar, mas o impulso só não é maior por conta do eletrochoque que dá em si mesma. E a protagonista é sarcástica, engraçada, perspicaz o que deixa os diálogos melhores, sem dúvida. Sua conexão com Justin (Jai Courtney) foi ótima, parecia que finalmente ela poderia ter uma vida quase normal…
A dupla de detetives que a perseguem tem seus momentos. Nevin (Laverne Cox) é bem durona e não confia em Lindy, já Vicars (Bobby Cannavale) parece um paspalho, mas por algum motivo acredita na protagonista. Destaque também para Dr. Munchin (Stanley Tucci) e seu experimento com eletrochoque e sua coragem de lidar com Lindy.
O longa tem boas cenas de ação que movimenta bem a trama e as de comédia são mais sarcásticas e de situações exageradas que envolvem os impulsos de Lindy. Não é um filme que te fará rir o tempo todo, mas algumas cenas divertem. Kate Beckinsale é bem carismática, se sai excelente nas cenas de luta e interpreta uma anti-heroína que chama atenção, mas não o suficiente para ser inesquecível. A história até tenta nos conectar com Lindy e sua dor, mas fica superficial, o foco mesmo não é o drama, o que não é um problema para o filme. O que faz o longa pecar mesmo são algumas cenas de pouco sentido na trama e é perceptível que o roteiro se perde um pouco na segunda metade. O plot twist do final foi interessante, mas as motivações de tudo são bem fracas.
Em suma, Jolt cai em alguns clichês do gênero de ação, apresenta uma protagonista fora dos padrões, assassina, inteligente, mas não má o suficiente para nos provocar raiva. Um bom divertimento, ainda que cheio de falhas.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Jolt: Fúria Fatal
Direção: Tanya Wexler
Data de lançamento no Brasil: 23 de julho de 2021
Prime Vídeo
Michele Lima

2 thoughts on “Jolt: Fúria Fatal [Crítica do Filme]

  • 22 de julho de 2021 em 20:02
    Permalink

    Olá, Michele.
    Acho que vou assistir porque me interessei bastante pelo enredo. Tem situações que irrita tanto a gente que dá vontade de matar mesmo, imagino ela hehe.

    Prefácio

    Resposta

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