Godzilla vs Kong [Crítica do Filme]

Bem que este tão esperado confronto podia ser apenas isso e mais nada: a história é capenga, o elenco é fraco e os personagens são o puro suco da caricatura. O que interessa aqui é ver os icônicos King Kong e Godzilla se digladiando, seja ao ar livre, na terra ou no mar. Os efeitos especiais são impressionantes e as coreografias das lutas parecem melhores que as do Mortal Kombat. A digitalização dos monstros é de cair o queixo e ambos esbanjam carisma. Isso mesmo. Principalmente King Kong, alçado inicialmente como mocinho e protagonista do longa. A cena na qual ele se comunica através da linguagem dos sinais é cheia de emoção, uma grata surpresa.
Demián Bichir, Millie Bobby Brown, Rebecca Hall, Alexander Skarsgard, Brian Tyree Henry, Eiza Gonzales e Kyle Chandler formam o elenco mais aleatório que se tem notícia. A exceção é a Kaylee Hottle que interpreta a garotinha muda e melhor amiga de Kong. Fofura total.
A trama se passa numa época onde monstros caminham pela Terra. Enquanto isso, a Monarch embarca numa missão em território inexplorado para desvendar as origens dos monstrengos e também percorrer os caminhos subterrâneos de uma suposta Terra Oca.
Para que isso aconteça, é necessário que os dois titãs se digladiem e que apenas um sobreviva, já que ambos são da categoria alfa.
Historinha desnecessária? Totalmente. Em quase duas horas de projeção, o que nos interessa apenas é o conflito entre Godzilla e Kong e que se danem os personagens.
Câmeras no lugar certo, fotografia impecável, direção de arte e cenários urbanos portentosos e coloridos, e destruição sem dó que até nos fazem esquecer os dois péssimos filmes anteriores. Aqui a pirotecnia rola solta, mas sem confundir o expectador. É possível ver cada detalhe dos monstros e toda a movimentação. Parece até que são dois filmes distintos, sendo um totalmente desinteressante e o outro, quando os monstros aparecem, entretenimento da mais alta qualidade.
Num mundo atualmente assolado pela pandemia, Godzilla vs Kong é uma alienação e tanto. É 100% sensorial. É desligar o cérebro por pelo menos duas horas e se entregar.
TRAILER
FICHA TÉCNICA
Título: Godzilla vs Kong 
Direção: Adam Wingard
Data de lançamento no Brasil: 6 demaio de 2021
Warner Bros. Brasil
Italo Morelli Jr.

3 thoughts on “Godzilla vs Kong [Crítica do Filme]

  • 11 de maio de 2021 em 23:24
    Permalink

    Oi, Ítalo. Tudo bom?
    Eu sou do time: se eu quisesse história complexa, assisto filme do Scorsese KKKKKKKK quero monstros gigantes se socando o filme inteiro SIM, humano é só pra preencher roteiro. Ainda que eu tenha achado o arco da garotinha da ilha do Kong e do Alexander Skarsgard bem legal. Consegui empatizar, tanto pelas atuações quanto pela vibe que o plot deles passou.
    O resto dos humanos… Estavam ali, parabéns pra eles.
    Kong e Godzilla roubaram todas as cenas, amei amei amei.

    Beijos, Nizz.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 12 de maio de 2021 em 18:04
    Permalink

    Esse eu passo. Meu tempo é muito curto para perder tempo com um filme como esse. Obrigado pela resenha, tão bem escrita e que nos entrega o que é de mais importante sobre os filmes, mas sem criar spoilers sobre o mesmo.

    Boa semana!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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