Vozes e Vultos [Crítica do Filme]

Vozes e Vultos, protagonizado por Amanda Seyfried, direção e roteiro de Shari Springer Berman e Robert Pulcini, é uma adaptação do livro All Things Cease to Appear de Elizabeth Brundage.
O longa é um bom suspense com drama familiar que aos poucos vai ganhando toques sobrenaturais e muitas referências religiosas.
Catherine (Amanda Seyfried) é casada com George Clare (James Norton) e os dois têm uma filha pequena. Logo no início descobrimos que a protagonista tem bulimia e sofre bastante para se alimentar, o que é um indício de crises nervosas. Catherine realmente tenta de tudo para manter o casamento. George passou muito tempo escrevendo sua dissertação e aceitou uma oferta de emprego para ser professor numa universidade em um lugar pequeno e bem distante de todos no Vale do Hudson.
Para Catherine não é muito fácil se afastar de todos para viver num lugar afastado, mas apoia o marido e George parece um uma pessoa bacana, até que percebemos que flerta facilmente com uma garota mais jovem do que ele, Willis (Natalia Dyer). A protagonista aos poucos vai notando coisas estranhas na casa, sente uma presença esquisita e ao investigar descobre que os donos anteriores morreram, só não sabe que a casa guarda mais assassinatos e que seus jovens vizinhos eram ex-moradores do local. Os irmãos simplesmente não conseguem ficar longe da casa, Eddy (Alex Neustaedter) se torna o jardineiro e Cole (Jack Gore) a babá da filha do casal. No entanto, Catherine e Eddy começam a se sentir atraídos um pelo outro.
É interessante que toda a parte sobrenatural não assusta e acredito que não é feita para isso também. O filme não abusa do jumpscare , mas sim do suspense e do drama. Catherine quer ter amigos e George não quer que ela saiba dos seus inúmeros segredos, e são muitos, alguns bem surpreendentes.
A simbologia está presente no filme todo, a casa é um lugar onde mulheres são oprimidas e não é diferente com Catherine, mas a protagonista não se assusta fácil, inclusive acredita que há algo de bom por lá, que quer ajudar. Como ela consegue dormir naquele ambiente, eu não sei…muita coragem! No entanto, o que mais assusta mesmo é o personagem George, muito mais do que a assombração na casa.
O longa trata sobre relacionamentos tóxicos e abusos e relaciona isso ao sobrenatural, a execução não é ruim, mas o final pode não agradar muita gente. É um tanto conceitual e aberto, diferente do livro, inclusive.
Vozes e Vultos tem um ritmo lento, mas é um bom suspense com um final condizente com algumas referências do filme, mas decepcionante.
TRAILER

FICHA TÉCNICA

Título: Vozes e Vultos
Título Original: Things Heard And Seen
Direção: Robert Pulcini, Shari Springer Berman
Data de lançamento: 29 de abril de 2021
Netflix

Michele Lima

2 thoughts on “Vozes e Vultos [Crítica do Filme]

  • 29 de abril de 2021 em 21:07
    Permalink

    Oi, Mi! Tudo bom?
    Eu não conhecia o filme, mas tô sempre chocada com o quanto a Amanda Seyfried simplesmente NÃO envelhece. A mulher tá conservadíssima, haja produtos Ivone!
    Vou dar uma procurada pra assistir no fim de semana.

    Beijos, Nizz.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

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