Do Fundo da Estante: O Diabo veste Prada [Nostalgia]

O filme pipoca mais cultuado e adorado desde Uma Linda Mulher (1990), conquistou milhões de fãs pelo mundo com sua abordagem original de A Gata Borralheira – com as devidas mudanças e atualizações, claro. 
Apesar de padrão, a história da garota comum que vai de patinho feio a profissional bem sucedida e muito bem vestida, trocando um imperdoável blusão azul pelas roupas mais caras e fashion da época, é uma das mais divertidas dos últimos anos.
Andrea Sachs (Anne Hathaway) consegue um emprego na Runaway Magazine, a mais importante revista de moda de Nova York e vai trabalhar como assistente da temida Miranda Priestly (Meryl Streep), editora chefe da revista. A chance de trabalhar com Miranda que muitos sonham em conseguir, pode ser seu pior pesadelo.
Este é sem dúvida um dos trabalhos mais populares de Meryl Streep e dá pra ver o quanto ela se diverte em cena, além de ter lançado o já icônico e muito imitado cabelo totalmente grisalho – as empresas de tintura certamente odeiam este filme até hoje. Mesmo com Anne protagonizando, é Meryl o grande trunfo da produção. É impossível tirar os olhos dela e não se divertir com seu veneno elegantemente destilado. Miranda não chega a ser uma vilã, mas pode entrar facilmente pra galeria das personagens mais odiadas do cinema. Elegante, blasée e beirando o insuportável, Miranda é livremente inspirada na igualmente elegante, blasée e insuportável Anna Wintour, editora de moda da revista Vogue.
Enquanto Andy vai se tornando cada vez mais elegante e competente, Miranda vai promovendo um verdadeiro festival de “sacanagens” com a pobre funcionária, sabotando-a com os pedidos mais absurdos possíveis. O roteiro elaborou muito mais Miranda do que Andy, dando o palco quase todo para Meryl Streep, sobrando pouco para Anne Hathaway que acaba por oferecer um desempenho apenas OK. Já Emily Blunt se sai bem melhor e faz brilhantemente sua personagem de apoio, interpretando sua colega de trabalho, devota total da sarcástica chefe. Stanley Tucci também está ótimo, e tira de letra o seu papel de “fada madrinha” da protagonista. Suas aparições são sempre bacanas.
Se Andy é aquele tipo que se vê aos montes em filmes do mesmo gênero, Miranda é mais complexa e tem até seu lado humano explorado, onde percebemos que apesar de rica, aclamada e invejada, ela é infeliz e solitária. 
Com uma trilha sonora bacana recheada de hits pop e belos figurinos, O Diabo veste Prada é entretenimento leve e até nos faz refletir um pouquinho. É movimentado graças ao diretor David Frankel, que, experiente em séries de tv (dirigiu vários episódios de Sex and the City) traz uma dinâmica que evita qualquer quebra de ritmo. Afinal, a escalada de Andy até o topo só precisa dos obstáculos da Miranda, que amamos odiar.
*Filme até o momento disponível no Telecine.
FICHA TÉCNICA
Título: O Diabo veste Prada
Título original: The Devil Wears Prada
Direção: David Frankel
Data de lançamento: 22 de setembro de 2006.
Nota: 4/5

Italo Morelli Jr.

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