Histórias Cruzadas (The Help) [Resenha do Filme]

Quando “Histórias Cruzadas” (The Help) saiu eu sabia que tinha que assistir a esse filme em algum momento da minha vida, de alguma forma eu sabia que o enredo iria me tocar e me tocou, mesmo eu já sabendo do que se tratava.
Em meados do século passado, enquanto parte da população estava lutando pelos direitos civis dos negros, algumas empregadas de uma cidade pequena resolveram contar a todos os absurdos que sofriam na casa de suas patroas. Obviamente não foi tão fácil convencê-las a se expor, mas a protagonista Skeeter (a excelente Emma Stone), com seu carisma, insistência e perseverança, consegue uma ótima aliada, Abileen (Viola Davis) e logo depois a hilária e forte Minny (Octavia Spencer) se junta as duas, dispostas a revelar os segredos mais sórdidos daquela sociedade!
Skeeter, assim como todas as crianças da cidade, foi praticamente criada por sua babá, mas ao contrário de suas amigas, não se esqueceu de sua “mãe preta”, inclusive fica revoltada ao saber o que acontece com sua antiga babá. Correndo atrás de seu sonho, querendo ser escritora, Skeeter trabalha numa coluna de conselhos domésticos, no jornal local, mas ao ter uma oportunidade como uma verdadeira escritora, Skeeter tenta de todas as formas expor ao mundo algumas barbaridades que suas amigas donas de casa fazem, como por exemplo, fazer um banheiro fora de casa para suas empregadas, com medo de que elas, por serem negras, possam passar alguma doença.
Eu diria que Abileen é a verdadeira protagonista, já que é ela quem narra a história, sendo a primeira a ser convencida a contar tudo para que Skeeter pudesse publicar o livro. Já Minny é a responsável pelo lado cômico da história, ela e sua torta de chocolate! Não é a toa que Octavia Spence ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante!
Eu não assisti ao filme que ganhou de “Histórias Cruzadas” no Oscar, “O artista”, mas só pode ser um filme incrível pra vencer essa linda história. O diretor e roteirista Tate Taylor consegue fazer um filme, cujo tema já foi abordado de forma brilhante por diversas vezes, sem cair na pieguice ou no clichê. É possível se emocionar com as cenas de humilhação que as empregadas vivem (eu mesma derramei lágrimas na cena em que Minny é despedida) e ficar aflito com o terror vivido naquela época por conta dos Ku Klux Klan, tudo isso sem que o diretor apelasse para um sentimentalismo barato ou para uma crueldade excessiva! 
“Histórias Cruzadas” é uma adaptação do best-seller de Kathryn Stockett., uma história linda de amizade, de superação, que conta sobre um passado preconceituoso vivido numa época em que os negros não passam de escravos assalariados.
Michele Lima

13 thoughts on “Histórias Cruzadas (The Help) [Resenha do Filme]

  • 16 de março de 2014 em 09:32
    Permalink

    esse filme é incrível. eu não gostei nadica de nada de o artista. beijos, pedrita

    Resposta
  • 16 de março de 2014 em 14:33
    Permalink

    Oi!
    Eu amei esse filme! Também não assisti O Artista, mas preciso ver para saber como alguém pode ganhar dele.

    Beijos,
    Sora – Meu Jardim de Livros

    Resposta
  • 16 de março de 2014 em 16:07
    Permalink

    Eu comprei esse filme para assistir no feriado de carnaval influenciada pela Aleskita que fez resenha dele no "Entre livros e sonhos" se não me engano! Confesso que tem nele coisas que eu considero incomodas, achei de muito mal gosto aquela "brincadeira", "vingança" ou o que quer que seja… você sabe como sou não vejo graça em brincadeira com coisas nojentas… Tudo bem que as mulheres tratavam as empregadas como algo menos que humana, mas olho por olho e o mundo vai terminar mais cego do que já é… Também achei a protagonista fraquíssima e sem carisma nenhum quase apática, não me convenceu… e outra coisa também parece que a opressão racista é toda responsabilidade das mulheres brancas e não sei porém suspeito que isso não condiz com a realidade…

    Sei lá no fim a gente fica com pena das crianças brancas, pobres crianças ricas… eu acho que tem algo de incomodo nisso… Sei lá, as crianças filhas de empregadas crescem ao leu, lhes falta muita coisa a condição das crianças brancas é privilégiada até senti pena da menininha e chorei a beça vendo o filme mas convivo com tantos filhos de empregadas que francamente…

    Não desgostei do filme, mas também não cheguei a amar… acho que vou ver ele novamente para repensar alguns pontos.

    Ah, ainda não vi "O artista", mas já sei que o cinema é mega narcisista e a Acadêmia adora ver a história do cinema na tela grande… Produzir qualquer coisa exaltando a 7ª arte já da há muitos uma boa possibilidade de levar a estatueta!

    Resposta
  • 16 de março de 2014 em 19:14
    Permalink

    Pandora, a questão da vingança não me pareceu olho por olho dente por dente, me pareceu apenas uma questão de alívio cômico que qualquer filme precisa se não quiser ser denso demais e sinceramente, aquela mulher merecia bem mais que uma simples torta de chocolate premiada!
    Quanto à protagonista eu concordo, não é a toa que a Abileen rouba a cena! E não foi por carisma a Skeeter que elas resolveram falar e sim porque Abileen já estava de saco cheio.

    Quanto a culpa ser toda das mulheres brancas, discordo, pra mim fica claro a todo momento que a história é apenas um pedaço de algo maior, um pequeno reflexo da sociedade, uma micro sociedade refletindo as atitudes de uma macro sociedade e isso fica claro com toda a história do Ku Klux Klan e referências ao direito civil dos negros. Então, as donas de casa apenas agem como a sociedade de modo geral agia, não as vejo como as culpas por tudo, mas dentro daquela sociedade elas eram as vilãs imediatas por serem elas que lidavam com as empregadas negras.

    Quanto às crianças, bem, eu fiquei com pena de todas, das brancas por terem mães que não sabiam ser mães e das negras por terem mães que não podiam ser mães por terem que ser mães das outras crianças.

    Bjs

    Resposta
  • 16 de março de 2014 em 20:35
    Permalink

    Tive que assistir assim que estreou. Tema forte e interessante, com um grande elenco. Adorei!!! Depois ainda assisti de novo na tv a cabo e foi emocionante, como se ainda não tivesse assistido.

    Também acabei nem vendo O Artista. Sempre deixo para depois.

    Resposta
  • 17 de março de 2014 em 21:02
    Permalink

    Simplesmente AMO esse filme, ainda não li o livro, mas tenho certeza que será tão bom quanto!

    Lara – whoisllara.com

    Resposta
  • 18 de março de 2014 em 00:21
    Permalink

    Já assisti a esse filme duas vezes, é simplesmente ótimo. Ele emociona, faz rir, refletir, nos deixa incrédulos em vários momentos com a ignorância e o preconceito, enfim… é o tipo de filme que todos deveriam ver.

    Resposta
  • 18 de março de 2014 em 18:49
    Permalink

    Este comentário foi removido pelo autor.

    Resposta
  • 18 de março de 2014 em 18:54
    Permalink

    Esse filme tb mexe muito comigo. A cena final então!
    Um dia ainda compro esse livro. Gostei muito da Skeeter também,
    e detestei aquele namorado dela, vira casaca. É o caso típico
    de pessoa que projeta os próprios defeitos no outro.
    As empregadas eram ótimas, mas os meus personagens favoritos,
    eram a Celia Foote e a Minny. Quer dizer, mais especificamente a relação das duas.
    Celia meio que se sentia amiga íntima da Minny, e não via diferença entre as duas.
    Achei isso lindo.

    Resposta
  • 19 de março de 2014 em 14:00
    Permalink

    Gosto de ler o livro primeiro antes de ver o filme. A minha sobrinha leu o livro A Respista de kathryn stockett e diz super!
    Vou tentar baixar o ebook para ler e depois me animo a ver o filme e fazer uma comparação. Pelo que conta é um filme maravilhoso.

    Beijos

    Saleta de Leitura

    Resposta
  • 1 de julho de 2015 em 17:17
    Permalink

    Olá Michele, Pandora e demais pessoas que vierem a ler este comentário.

    Também vi este filme e, inclusive foi com ele, que iniciei a aba de críticas de filmes no meu blog. Para lerem o que escrevi acessem http://verdadesdeumser.com.br/minhas-verdades-atraves-dos-filmes-2/
    Concordo inteiramente com a pessoa que escreveu logo após o comentário de Pandora que não está identificada mas, acredito que foi Michele. E o filme retrata uma época e um lugar. É preciso estar atento a isto também. Nos Estados Unidos, o preconceito racial foi muito forte.
    Sobre o livro, estou lendo-o atualmente, junto com outros cinco. Dou preferência a ver o filme primeiro pois, em geral, o livro é superior e, se leio primeiro antes de ver o filme, termino me decepcionando e não aproveitando como devia o filme.

    Sou Alberto Valença do blog Verdades de um Ser e colaborador do Meu pequeno vício.
    http://verdadesdeumser.com.br
    http://meupequenovicioo.blogspot.com.br/

    Resposta
  • 21 de setembro de 2017 em 18:31
    Permalink

    amei esse filme bem interessante baseado em fatos rais ,e que muitas pessoas acham que isso nao existi mais hj em dia ,mais se muitos pararem para pensar que realmente isso eh real e acontece sim isso nao so no racismo mais ate mesmo com pessoas deficientes,pobres etc…veja como o filme eh em emocionante e bastante parte para vc rir com a familia e claro nao esqueçam da pipoca ta!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+ Saiba tudo sobre A Noite das Bruxas!
Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino 5 doramas dublados no Star+ Saiba tudo sobre A Noite das Bruxas!