Duna: Parte 2 – Continuação que surpreende e supera o primeiro filme!
Atendendo a pedidos, vai aqui a minha sincera opinião sobre os dois filmes do Duna lançados até o momento. Quantidade de pedidos: 2
O primeiro Duna tem uma história simples que se complicou de propósito sem necessidade só para preencher as quase 3 horas de duração. Visto hoje, após o lançamento da continuação, Duna (2021) é um filme introdutório chatinho e confuso, ainda que grandioso em alguns momentos, mas que só faz sentido agora e não é possível assistir Duna 2 sem ele.
Vi duas vezes em suaves capítulos pra tentar entender as 10 indicações e os 6 Oscar conquistados – realmente, a trilha sonora é impactante e o designer de produção também.
Influenciado pelas resenhas emocionadas que exaltam Duna 2 (2024) fui conferi-lo numa tela Imax com som Dolby Atmos. O diretor canadense Denis Villeneuve elevou o filme anterior a enésima potência, o que era quente, bege e seco agora é vermelho, mais quente e mais seco ainda! O roteiro é muito mais rico, o elenco atinge outro nível e as cenas de batalha o colocam entre os melhores filmes de guerra já feitos.
Até o protagonista Timothée Chalamet, o Fiuk de Hollywood, passou seu aval de ator e entrega uma cena memorável que justifica sua escalação – inclusive o prevejo como um futuro Batman. As adições das belas e talentosas Florence Pugh e Léa Seydoux foram acertadas, mas quando Charlotte Rampling abre a boca e emite seu vozeirão com sua postura inabalável, não sobra ninguém. Rebecca Ferguson também subiu de cargo e assumiu o protagonismo feminino aqui, já que Zendaya não tem peso pra isso, reforçando que sua mídia ideal é mesmo a TV.
O destaque maior acaba ficando com Austin Butler no papel do vilão Feyd-Rautha, provando que já se desvencilhou totalmente do Elvis Presley e protagoniza um dos momentos mais impressionantes, uma batalha de arena carregada de tintas nazistas, tão incrível quanto nauseante. Por falar em referências inegáveis, o império aqui é totalmente britânico, enquanto os Fremen são árabes e não há o que discutir.
Ao contrário do primeiro, eu não senti a minutagem pesar e a narrativa fluiu que é uma beleza, deixando Star Wars no chinelo. Para quem não sabe, os livros de Duna foram fonte de inspiração para o filme de George Luca, e é inacreditável o quanto consegue ir além tanto tempo depois.
Ao final da exibição, a plateia eufórica (exceto eu) e com metade da minha idade, aplaudiu e antes que começassem as opiniões que ninguém pediu, eu me levantei, fiz quatro movimentos e saí da sala – maturidade é essencial.
Só queria saber o que David Lynch, responsável pela mascarada versão lançada em 1984, achou dessa obra-prima. Será que ele viu? Duna 2 deve fazer a limpa no Oscar do ano que vem.
Duna (2021): 7
Duna – Parte 2 (2024): 10
Quero muito assistir. Assisti ao primeiro filme no cinema e gostei bastante.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia