Orion e o Escuro [Crítica do Filme]

Estava ansiosa para assistir Orion e o Escuro, novo filme na Netflix da DreamWorks, um excelente estúdio de animação! O longa é baseado no romance homônimo da autora Emma Yarlett.

Na trama vamos acompanhar uma história dentro da história, nada que já não tenha aparecido em outros filmes, mas sem dúvida acaba surpreendendo a abordagem narrativa diferenciada. Diria que em certo momento, mais para o fim, o enredo se torna coerente dentro de uma certa incoerência.

Orion (Jacob Tremblay), é um garotinho que tem medo de tudo e aqui quem tem síndrome do pânico como eu, se identifica facilmente com as paranoias do garotinho que chega a um ponto de chatice extrema e fiquei pensando se as outras pessoas também me viam assim (rindo de nervoso). No entanto, não precisa ter medo crônico para ter simpatia de Orion, afinal, todo mundo tem lá seus medos e o que mais assusta o protagonista é o escuro! E é justamente ele, numa figura sobrenatural que aparece para tentar ajudar Orion.

Escuro (Paul Walter Hauser) está cansado de ser temido e resolve tentar ajudar Orion com seus medos e o leva (um pouco a contragosto) pela noite para ver seu trabalho! Lembrando Divertida Mente, o longa nos apresenta outras entidades noturnas bem interessantes: Insônia, Silêncio, Barulhos Inexplicáveis, Sono e o Sonhos, mas a primeira experiência de Orion com eles não é nada agradável! Porém, depois de um momento de puro desastre, o garotinho percebe que ao menos perdeu o medo do Escuro que é uma figura extremamente amigável com Orion e a partir de então, o protagonista começa a ter uma nova perspectiva das coisas, não sem antes ter que encarar muito de seus medos e paranoias.

Com o roteiro de Charlie Kaufman (Anomalisa) a trama tem um toque de existencialismo, deixando as questões do protagonista um pouco mais densas. Depois o filme nos entrega algumas reviravoltas na narrativa que acabam dando mais fôlego para a história e o deixando um pouco mais lúdica.


A parte visual entrega ambientes bem interessantes em uma animação bem ao estilo da DreamWorks e na parte de elenco de dubladores gostaria de destacar a voz de Nicolas Mattos, que já havia me chamado atenção em Kotaro Vai Morar Sozinho.

Orion e o Escuro aborda temas significativos para adultos e crianças, mas confesso que esperava um pouco mais, principalmente na parte criativa, a primeira meia hora é completamente óbvia. Ficou um gostinho de que a animação poderia ter ido mais além pelo potencial que mostrava ter. Entretanto, ainda assim, mesmo com as falhas, é uma animação terna, bonita e que conseguiu minha identificação. 

FICHA TÉCNICA

Título: Orion e o Escuro
Título Original: Orion and the Dark
Direção: Sean Charmatz 
Data de Lançamento: 2 de fevereiro de 2024
Netflix

Michele Lima

One thought on “Orion e o Escuro [Crítica do Filme]

  • 8 de fevereiro de 2024 em 16:13
    Permalink

    Parece ser uma graça. O sono e a hora de dormir tem muito a nos ensinar, não é mesmo?!
    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está em HIATUS DE VERÃO do dia 03 de fevereiro à 06 de março, mas comentarei nos blogs amigos nesse período. O JJ, portanto, está cheio de posts legais e interessantes. Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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