Cruella [Crítica do Filme]

É notável o esforço da Disney em transformar uma de suas grandes vilãs em uma personagem mais humana e a escolha de Emma Stones foi perfeita para o papel, muito diferente, claro, de Glenn Close, mas é uma uma história de origem, o que fez bastante sentido. Cruella aqui é Estella que quando pequena sua mãe já sabia do seu enorme potencial, mas a criança tinha sérios problemas de comportamento por conta do bullying que sofria. No entanto, a vida de Estella muda por completo depois da morte de sua mãe. Órfã ela é acolhida por Jasper (Joel Fry) e Horace (Paul Walter Hauser) e passam a se especializar em roubar rotineiramente, até que Jasper arruma um emprego para a protagonista numa loja e de lá ela consegue, não sem antes arrumar uma boa confusão, impressionar a Baronesa, personagem de Emma Thompson.
Estella é uma anti-heroína, simpática, carismática, nos transmite empatia por perder a mãe e ser uma mulher inteligente. Quando descobre que a Baronesa está relacionada à morte de sua mãe, ela parte para uma vingança com doses de insanidade. Bom, não seria a primeira vez que vemos a transformação de um vilão e os motivos foram bastante coerentes. O problema mesmo é que me pareceu uma virada brusca e caricata em alguns momentos, de repente os seus amigos se tornaram capangas. A chave foi virada em poucos minutos, confesso que esperava um pouco mais de complexidade, erro meu.
Entretanto, Cruella acerta muito mais, o figurino é espetacular, uma ambientação excelente combinada com uma ótima trilha sonora! Tudo em um estilo punk rock para ajudar na quebra dos padrões, os vestidos criados por Jenny Beavan (Mad Max: Estrada da Fúria) são espetaculares! Os dálmatas estão presentes, mas são apenas uma parte da história, apesar de ter muitos significados. E é preciso ressaltar a excelente química de Emma Stones com Emma Thompson, uma vilã e uma anti-heroína perfeitas numa disputa de moda. E o roteiro ainda guarda um ótimo plot twist no final, mas um CGI bem questionável também.
De modo geral podemos dizer que é um live-action bem dirigido por Craig Gillespie (Eu, Tonya) que surpreende com boas pitadas de ousadia e uma protagonista com toques de insanidade, por outro, o roteiro peca por modificar com muita rapidez a protagonista, sem a profundidade devida. Apesar disso, o resultado é bem positivo, Cruella se tornou mais interessante e o longa é bem satisfatório, principalmente no aspecto visual e no elenco.
Trailer
FICHA TÉCNICA
Título: Cruella
Direção: Craig Gillespie
Data de lançamento: 27 de maio de 2021
Disney

Michele Lima

5 thoughts on “Cruella [Crítica do Filme]

  • 1 de junho de 2021 em 18:09
    Permalink

    Oi, Mi! Tudo bom?
    Esse é um filme que eu sei que vou curtir quando assistir, mas zero vontade e hype de ver agora UHUHASUHSAUHSAUH vou esperar chegar no acesso livre do Disney+, até lá tô de boas no aguardo :v

    Beijos, Nizz.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 1 de junho de 2021 em 19:41
    Permalink

    Olá, Michele.
    Acredito que não vou assistir o filme. Quero ficar com a imagem da original na minha cabeça hehe. Sou apaixonada pela Glenn Close no papel, assisti uma mil vezes o filme hehe.

    Prefácio

    Resposta
  • 2 de junho de 2021 em 17:45
    Permalink

    Filmaço, zerou os live action purgantes que a Disney ofereceu até agora. Daqui pra frente o público não aceitará menos do que foi oferecido em Cruella. Oscar de figurino praticamente garantido e muitas idéias para as continuações.

    Resposta

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