O Segredo do Papai Noel [Crítica]

19 de dezembro de 202519 de dezembro de 2025 Na Nossa Estante 0 comentários crítica, filmes, filmes natalinos, Michele Lima, Netflix, últimas postagens

Mais um filme natalino que chega à Netflix. O Segredo do Papai Noel pode agradar tanto aos fãs de Virgin River quanto aos da série médica New Amsterdam. Alexandra Breckenridge e Ryan Eggold estão bem e conseguem sustentar um roteiro pra lá de duvidável.

Taylor (Alexandra Breckenridge) é mãe solo e faz de tudo para sustentar a filha. Inclusive, abandonou o sonho de seguir uma carreira musical na juventude quando engravidou. A adolescente Zoe (Madison MacIsaac) é extremamente compreensiva e, ao ser aceita em uma escola renomada de snowboard, entende que a mãe não teria condições de pagar pelas aulas. No entanto, Taylor descobre que funcionários do resort onde as aulas acontecem recebem um grande desconto. O problema é que ela não consegue nenhuma vaga, já que o local está à procura de um… Papai Noel. É então que a protagonista tem a “brilhante” ideia de se disfarçar de homem para conseguir o emprego.

Curiosamente, dias antes, Taylor havia conhecido o filho do dono do resort em uma loja de discos antigos, já que Matthew (Ryan Eggold) é fã da antiga banda da protagonista. Ele é jogado na administração do resort pelo pai, numa tentativa de finalmente assumir um emprego decente. Enquanto Matthew se dá muito bem com o novo Papai Noel do hotel, Taylor resiste às suas investidas. Até que Zoe convence a mãe a dar uma chance ao amor.

O Segredo do Papai Noel é super clichê e entrega tudo o que um filme natalino do gênero pede: romance, chocolate quente e neve. Arrisco dizer que a fumacinha que sai da boca dos personagens, por estarem em um ambiente frio, chama mais atenção nas cenas finais do que qualquer outra coisa. Em alguns momentos, cheguei a achar que não daria para ver o rosto dos atores. Ainda assim, é preciso reconhecer que a ambientação é ótima e que Alexandra Breckenridge e Ryan Eggold têm uma boa química.

A caracterização de Taylor como Papai Noel é até um pouco assustadora de tão real, embora seja preciso certa boa vontade para acreditar na voz. Nada que atrapalhe demais o desenvolvimento de uma história agradável, mesmo que tenha a profundidade de um pires.