A Diplomata – Segunda Temporada [Crítica]
A segunda temporada de A Diplomata não demorou tanto para chegar no catálogo da Netflix, mas chega apenas com 6 episódios, mas cheios de reviravoltas!
Na primeira temporada vemos Keri Russell como Kate Wyler, uma diplomata inteligente, ótima em negociação trabalhando na Embaixada americana no Reino Unido e tendo que lidar com o impulsivo e temperamental primeiro-ministro britânico, Nicol Trowbridge (Rory Kinnear), que está a todo custo buscando o culpado pela explosão de um navio nacional. A segunda temporada segue a mesma trama, mas com novos adicionais, afinal, seria mesmo a Rússia responsável pela morte dos britânicos no navio e a bomba que atingiu os funcionários da embaixada americana?
Todos ficam bastante impactados com as consequências da bomba, Hal (Rufus Sewell) e Stuart (Ato Essandoh) ficam gravemente feridos, mas Kate precisa manter a compostura para continuar investigando com Eidra Park (Ali Ahn) e assim, encontrar os culpados. Tudo indica que seria o próprio Nicol, mas a série guarda ótimas surpresas nesse quesito.
Com a recuperação de Hal e a situação diplomática complexa, a relação de Kate e o Secretário de Relações Exteriores, Denisson (David Gyasi), esfria bastante e confesso que não senti falta de quase romance, isso porque todo episódio tinha algo a mais para me deixar intrigada!
A colaboração de Eidra como parte da CIA é essencial para o desenvolvimento da trama, bem como a ambígua Margaret (Celia Imrie), britânica conselheira de Nicol que sabe todos os segredos que envolvem as explosões. Porém, se por um lado Eidra ganha mais espaço na narrativa, Stuart fica mais de escanteio, se tornando um personagem mais chatinho, inclusive.
Entretanto, nada se compara a incrível Allison Janney como Vice-Presidente dos Estados Unidos, cargo que Kate, mesmo sem querer, poderá concorrer. A personagem chega para limpar toda a bagunça da embaixada americana e do primeiro-ministro britânico, nos dá uma aula de geopolítica e entrega revelações bombásticas! E é com uma nova bomba (mas no sentido figurado) que a série termina a segunda temporada, com um excelente gancho para a terceira.
A diplomata tem um roteiro intenso sobre política internacional que é um primor, muita tensão e ações duvidosas em prol de uma nação. Mas para além disso, temos ótimos personagens. Kate é a protagonista que todos sabem que é uma mulher ética, completamente ao contrário do seu marido. Hal é egocêntrico, viciado em poder, egoísta e atrapalha o tempo todo a Kate. Juntos, em uma relação de ódio, foram um casal bem interessante.
A diplomata é uma série nada cansativa, é eletrizante e vai agradar a todos que amam uma conspiração política.
Michele Lima