Corpos [Crítica da Série]
Saiba que você é amado! Essa frase martelou minha cabeça durante os 8 episódios da série Corpos da Netflix. Que sim tem muitos elementos semelhantes a Dark como loop temporal/viagem no tempo. No entanto, é difícil para qualquer séries ser comparada com Dark que tem um nível altíssimo de qualidade.
Vamos acompanhar a história de 4 detetives em anos diferentes (1980, 1941, 2023 e 2053) descobrindo o corpo de um homem nu que recebeu uma bala no olho, mas sem vestígio da bala.
É o mesmo corpo e ninguém sabe como ele chegou no lugar e quem matou a pessoa. Enquanto eles investigam vamos descobrir um pouco da vida e da personalidade dos policiais. Alfred Hillinghead (Kyle Soller) de 1980 é o que tem menos recursos para descobrir sobre o assassinato, mas é bastante persistente! É o que tem a vida pessoal mais interessante.
Em 1941 temos Charles Whiteman (Jacob Fortune-Lloyd), o investigador mais questionável. Não é uma pessoa ruim, já que se mostra incapaz de matar uma criança, mas é o mais corrompido. Entretanto é Whiteman que se torna um bom herói nessa história e acaba surpreendendo.
Shahara Hasan (Amaka Okafor) está em 2023 e tem uma ligação direta com os acontecimentos. É ela quem descobre o mistério por trás do corpo. Sua relação com o personagem Elias (Gabriel Howell) é um dos pontos principais do enredo. Inclusive, achei interessante a escolha do nome, bíblico se remete ao profeta Elias.
Iris Maplewood (Shira Haas) em 2053 é uma investigadora incorporada a uma nova ordem mundial e bastante solitária. Ela também acaba bastante interligada aos acontecimentos e carrega um pouco da culpa, assim como Whiteman e Hasan.
A série acaba tendo um final corrido, mas consegue explicar a ficção científica abordada. Durante os episódios as linhas de tempo são bem marcadas e a direção trabalha por diversas vezes dividindo a tela e conectando os acontecimentos. Não achei confusa, pelo contrário, é bem didática.
Corpos me surpreendeu por apresentar uma trama instigante, os personagens são bem desenvolvidos, embora a conclusão de tudo tenha sido mais superficial do que eu imaginava. De qualquer forma, é uma série que me prendeu do começo ao fim!
Michele Lima
Parece ser uma série bem instigante. Fiquei com vontade de assistir.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Eu achei um pouco confuso… ao conseguirem quebrar o looping, o Elias simplesmente deixa de existi. Mas de onde se iniciou o looping, se a pessoa que o começaria nunca existiu? Acho que o fato do evento do looping ter se iniciado com um personagem que depende dele pra existir criou essa confusão, pois o Elias precisa existir, independente de looping ou não.