Barbie [Crítica do Filme]

O filme do ano! Oppenheimer ou Barbie? Longe de mim ter a resposta, mas posso dizer que o longa de Greta Gerwig é leve, divertido, entregou tudo que prometeu, comédia e uma boa mensagem sobre estereótipos.

Em Barbieland a Barbie (Margot Robbie) estereotipada vive com as outras Barbies em um mundo encantado onde tudo é bem plastificado e extremamente perfeito. Todos os bonecos Kens também vivem por lá e seu amigo Allan (Michael Cera). Porém, todo esse universo de perfeição começa a se modificar quando Barbie tem pensamentos estranhos, coloca o pé no chão e o pior de tudo: tem celulite! Com tantos absurdos, a protagonista busca informações com a Barbie Estranha (Kate McKinnon) e descobre que precisa ir para o mundo real encontrar a humana responsável por tamanhas desgraças na sua adorável vida, mas não parte só, ela tem Ken (Ryan Gosling) em sua companhia!

Barbie no mundo real é um acontecimento para a protagonista, ela descobre que não conseguiu mudar a vida das mulheres como ela achou que tinha mudado e por outro lado o Ken descobre algo incrível para ele: o patriarcado! Grandes choques de realidade para os dois bonecos! Barbie conhece Sasha (Ariana Greenblatt), a garotinha rabugenta que a detesta e a sua mãe, Gloria (America Ferrera) que sempre adorou a boneca! No entanto, é em Barbieland que as coisas realmente começam a mudar!

O roteiro de Greta Gerwig e Noah Baumbach acerta em cheio na crítica ao estereótipo tanto do lado da mulher quanto do homem. Sabemos que o machismo e sua toxicidade não é algo que prejudica apenas mulheres, homens também sofrem em manter certos padrões e Ken representa bem isso. A revolução em Barbieland é revestida de várias camadas mais profundas que vão além do simplório, embora necessário, discurso de Gloria sobre a pressão que a mulher sofre na sociedade. Entretanto, não teria sido ruim se o roteiro tivesse ousado um pouco mais na questão mental da personagem, afinal, é ela a causa de todo rebuliço que faz Barbie sair do seu mundinho. 


Margot Robbie nasceu para ser a Barbie nos cinemas, está simplesmente incrível como protagonista! E Ryan Gosling cantando é sempre um show à parte! Aliás, para quem não curte momentos musicais pode ficar tranquilo, o longa não abusa das músicas. 

Greta Gerwig não tinha me agradado muito em Lady Birdy e essa má sensação foi desfeita aqui. Barbie entrega um ótimo ritmo e um roteiro que embora não tenha aproveitando a oportunidade para explorar melhor personagens como Gloria, o que teria dado muito certo, foi impecável na comédia, brincando com o próprio universo. Teve muito sarro com a Mattel e a cultura pop, sobrou até para o Zack Snyder! E eu adorei a quebra da quarta parede em determinado momento! 

Em suma, Barbie é um filme que tinha espaço para ousar mais do que ousou, mas é inteligente, perspicaz, com uma ótima trilha sonora e extremamente divertido!

FICHA TÉCNICA

Título: Barbie
Direção: Greta Gerwig
Data de lançamento: 20 de julho de 2023
Warner Bros. Pictures

Michele Lima

One thought on “Barbie [Crítica do Filme]

  • 26 de julho de 2023 em 09:01
    Permalink

    O filme do momento. Adorei a resenha. Segunda resenha positiva que leio hoje sobre o filme. Quero muito assistir.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino
Dorama: Uma Família Inusitada Crítica: A Esposa do meu marido Dorama: Diva à Deriva Dorama: Nosso Destino