Ted Lasso – 3ª Temporada [Crítica]

Apenas três temporadas! Curtas e impactantes três temporadas de Ted Lasso na Apple TV! A série, que foi inspirada no personagem de alguns comerciais de TV, chegou e levou vários prêmios, chamando atenção não só dos fãs de futebol, mas da mídia especializada. E apesar dos altos e baixos da última temporada, a série se encerra muito bem! Terminei de ver com lágrimas nos olhos, maldita cebola!

Ted Lasso (brilhante Jason Sudeikis) era treinador de futebol americano e um dia foi contratado para ser técnico de um time de futebol na Inglaterra. Por quê? Porque Rebecca (Hannah Waddingham), a dona do time, se separa e para cutucar o ex-marido que ama  o clube AFC Richmond, contrata o pior técnico possível, em uma autossabotagem. Ted não sabe absolutamente nada do futebol inglês, mas é um homem positivo demais para se dobrar com qualquer adversidade. 

Assim, conhecemos um dos personagem mais gente boa da ficção. Divertido, gentil e bem motivacional, Ted chega com seu fiel assistente, Beard (Brendan Hunt), transformando o time local em uma lenda que nem ele mesmo esperava surgir! Ao longo das três temporadas a gente descobre as crises de pânico de Ted e sua jornada de autorreflexão que inclui fazer terapia! E pra quem não sabe, infelizmente, psicólogos ainda são certos tabus no mundo do futebol. E tabu não faltou! A série ainda nos presenteia na última temporada com um  jogador gay, outro tabu no mundo do futebol. 


Rebecca tem sua redenção rapidamente, entendemos que é uma mulher traída que fez algo por impulso, mas não conseguiu sustentar sua vingança, se envolvendo completamente com o time e com o carinho de Ted Lasso. E com a Rebecca vimos como é diferente envelhecer para as mulheres! Além de acompanhar um interessante relacionamento amoroso com alguém mais jovem. 

Também temos coadjuvantes excepcionais. Roy Kent (Brett Goldstein) vai de capitão a um dos treinadores e evolui também muito pela influência de Keeley! A personagem de Juno Temple tem uma influência positiva em todos da série! Também é preciso lembrar de Nathan (Nick Mohammed), o roupeiro, assistente, traidor e também com seu arco de redenção. E claro, Jamie Tartt (Phil Dunster)! Egoísta, egocêntrico, canalha no início da série e termina como um Lionel Messi do time! Coletivo, generosos em campo e uma boa pessoa nos vestiários. Sem dúvida o personagem que mais amadureceu em Ted Lasso.

Outros personagens também possuem seu destaque em algum momento, como o ótimo Leslie (Jeremy Swift), o treinador Beard, que ganhou um episódio inteiro sobre depressão, Sam (Toheeb Jimoh), Dani Rojas (Cristo Fernández) sempre engraçado, entre outros. 

Quase sempre me perguntei o quanto Ted Lasso era realmente uma comédia com tantos arcos dramáticos, mas o lado engraçado de um treinador gente boa em um mundo tão cruel como o futebol sempre esteve ali. Ted Lasso brincou o tempo todo de ser uma comédia pastelão para no final das contas ser algo muito mais inteligente do que piadas bobas. 

É verdade que a terceira temporada não começou tão divertida, a melancolia sistêmica do protagonista quase afunda bons momentos da série, mas antes da reta final Ted Lasso voltou a sua forma com situações ótimas, desde o time de futebol chorando com uma comédia romântica a diálogos de extrema importância sobre homofobia, racismo, pânico e nossas inseguranças de cada dia. Para fãs do futebol algumas referências ficam claras, como o sistema de jogo de retranca, o futebol total Holandês, Ibrahimović, até mesmo a intragável ideia da Superliga não foi poupada na série, entre outras referências e participações especiais. 

Em suma, eu sempre digo que Ted Lasso não é só para fãs do futebol, basta assistir para concordar comigo! Mas separe os lenços que + alguns momentos podem te emocionar! A série termina de modo conclusivo, mas com algumas pontas soltas do relacionamento de Roy e Keeley que caberia perfeitamente em um spin-off. 

E como diria o personagem Dani Rojas: Football is life!

Michele Lima

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