Estado Elétrico [Resenha Literária]
Estado Elétrico de Simon Stålenhag, publicado pelo Quadrinhos na Cia da Companhia das Letras, mostra um mundo apocalíptico, com guerra de drones, pessoas viciadas em projetores neurais, misturando cyberpunk, futurismo e ficção científica.
A história se passa em 1997, Michelle é uma jovem em fuga e seu misterioso robô viajam pelos os Estados Unidos rumo ao oeste. A paisagem sem dúvida chama bastante atenção, principalmente pelas ilustrações que são bem reais, com ruínas de gigantescos drones de batalha, uma espécie de lixo descartado de uma sociedade ultra tecnológica e consumista em declínio. À medida que se aproximam do mar, a paisagem parece mais destruída, as ilustrações mais escuras e um tanto sombrias.
O enredo da protagonista por início parece um pouco confuso, senti a necessidade de mais explicações. Aos poucos vamos entendendo que Michelle vem de uma família desestruturada e que ela foi testemunha do começo da destruição da humanidade, com uso de tecnologia que afeta o cérebro de quem a usava. Como ela tem um problema ocular, não consegue usar os tais projetores neurais que viciaram e consumiam as pessoas aos poucos, exatamente como uma droga.
Apesar da minha dificuldade com o início da história, é perceptível que ela é carregada de sentimentos com uma protagonista solitária, além de uma revelação dolorosa sobre o robô que a acompanha. Temos também muitas reflexões sobre o abuso da tecnologia e imagens super realistas que deixam tudo bem impactante, sem dúvida o aspecto principal da obra.
Vale lembrar que o Estado Elétrico terá uma adaptação cinematográfica, estrelada pela atriz Millie Bobby Brown e dirigida pelos irmãos Russo!
FICHA TÉCNICA
Título: Estado Elétrico
Autor: Simon Stålenhag
Quadrinhos da Cia / Companhia das Letras
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Michele Lima