Doutor Estranho No Multiverso da Loucura [Crítica]

Após quase 10 anos sem dirigir um filme em Hollywood, Sam Raimi está de volta ao ambiente cinematográfico e também retornando ao gênero de super-herói. Na qual já havia trabalhado entre 2002 a 2007 na trilogia do ‘Homem-Aranha’ que foi protagonizada por Tobey Maguire. O ator retomou seu papel de amigão da vizinhança em ‘Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa’ (2021), longa que foi o primeiro a abrir o multiverso da “Casa das Ideias” nas telonas. 

Contudo, será que o Raimi deu conta do recado no segundo filme do “Ex-Mago Supremo” da Marvel

O filme se inicia apressado, cheio de ação fazendo um paralelo com diversos filmes do estúdio que começam freneticamente e com isso, vai se auto explicando ao longo da narrativa. Na cena vemos apresentação de ‘variantes’ do Doutor Estranho (Benedict Cumberbath) já colocando um pontapé na questão do multiverso e a nova personagem America Chavez (Xochitl Gomez), que aparenta ser muito poderosa, uma espécie de ligação para fatores cataclísmicos e que pode viajar entre infinitas terras paralelas. 

Sendo assim, influenciando a vida de nosso Stephen Strange ‘principal’, esse fator parece um premonitório tal como vemos o Flash (Ezra Miller) avisando Bruce Wayne (Ben Affleck) em Batman v Superman (2016), como um suposto sonho que aparenta ser lúcido. 


No longa da Marvel, não fica se arrastando, em termos de desenvolvimento é rapidamente inserido para caminhar a construção narrativa. Que pode soar um pouco acelerado durante um tópico que poderia ser mais aprofundado, porém o roteiro faz de maneira simplória e direta inserindo o multiverso na cara do espectador.

O personagem de Cumbertbath volta mais experiente do que nunca, com novidades em: golpes, movimentos e magias que ainda não tínhamos visto nos cinemas e que parece sair da página dos quadrinhos. Em suma, Doutor Estranho No Multiverso da Loucura vai fundo em mais características intimistas do mago, que não foram exploradas ou pouco expostas.

Todavia, mais pontos sobre âmbito de Doutor Estranho é acentuado como o caso do Kamar-Taj e seus alunos que é visto de uma forma digna se comparado ao primeiro longa.  

America Chaves já chegou chamando atenção, com seu carisma peculiar que a distingue de outros heróis do universo e suas motivações com dramas inerentes serão sentidas pelo espectador. É sem dúvidas umas das peças fundamentais para o desenrolar da trama e introdução para algo maior que está por vir no futuro. A atriz parece que dominou de cara a persona de Chaves

Por outro lado, vemos a antagonista da história que é Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen) que possui uma dualidade por agora, a sua contra parte chamada de ‘Feiticeira Escarlate’, mesmo nome da personagem nas HQs. Na qual o princípio foi apresentado no seriado do Disney+WandaVision’ (2021).

Vale destacar que há ligações com a série, porém não é necessário assisti-la, já que a Marvel consegue explicar tudo de maneira orgânica para ninguém ficar perdido. Contudo, se consumi-la vai ter mais apreciação e identificação com o que está ocorrendo na jornada da Vingadora.


Wanda virou uma entidade que tem poder infinito de controlar realidades, alterá-las por justa causa e tendo a posse de um livro extremamente perigoso, nomeado de Darkhold. Buscando um propósito individualista para si mesma.   

O cineasta Sam Raimi, que antes de entrar nesse mundo de superpoderosos foi conhecido por longas-metragens de terror e até levou, mas com pouco peso para os da aranha. Entretanto, já em Doutor Estranho 2 o diretor está mais ousado e com liberdade para jogar elementos que nunca sequer vimos ao decorrer de todos esses anos nas produções do UCM

Inserindo nuances e elementos do gênero de horror, assim transformando num filme particular se equiparar com os demais. E se juntando com a trilha sonora realizada por Danny Elfman o amálgama fica ainda mais prazeroso de se assistir. 

No entanto, o fan service é visto em diversas cenas como a própria dos Iluminatis, mas acabam sendo apenas para aquecer o coração do fã, colocando drama em algo que não irá voltar e apenas fica para demonstrar elementos forçados na conclusão. Disso posto, aos que esperavam algo como um evento igual “Homem-Aranha 3” ou mesmo “Vingadores Ultimato” pode acabar se decepcionando. Pois a exposição é focada cosmologicamente em Strange e Maximoff

Vale muito a pena conferir no cinema o filme que “fecha” a abordagem de multiverso na Marvel Studios, segundo Kevin Feige

Trailer

FICHA TÉCNICA

Título: Doutor Estranho No Multiverso da Loucura
Título Original: Doctor Strange in the Multiverse of Madness
Direção: Sam Raimi
Data de lançamento: 05 de maio de 2022
Marvel/Disney

Lucas Venancio

2 thoughts on “Doutor Estranho No Multiverso da Loucura [Crítica]

  • 4 de maio de 2022 em 10:41
    Permalink

    Eu quero assistir mas não tenho muitas expectativas. Depois de Ultimato, eu não tenho mais aquela ânsia com os filmes da Marvel…

    Resposta
  • 4 de maio de 2022 em 11:43
    Permalink

    Pretendo assistir no cinema. Sua resenha ficou bem redondinha.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está de volta com muitos posts e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
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    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

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