O pequeno café de Copenhague [Resenha Literária]
O pequeno café de Copenhague, primeiro volume da série Destinos Românticos, é daqueles livros que você sente uma enorme necessidade de ler tomando um café ou chocolate quente. Não tem como não se apaixonar pela ambientação e personagens tão diferentes. Uma verdadeira história de aquecer corações.
Kate Sinclair mora em Londres e trabalha com relações públicas. Sua vida é ajudar o pai, os irmãos e trabalhar muito para conseguir a tão sonhada promoção, mas a perde porque se relaciona amorosamente com seu companheiro de trabalho, Josh, que passa a perna nela e consegue ser promovido no lugar de Kate.
Totalmente abalada e sem rumo, a protagonista acaba cuidando da campanha do Lars, um homem rico que quer trazer uma loja de departamento dinamarquês para a Inglaterra e tem a intenção de que todos possam entender a mentalidade hygge. Mais do que velas e cobertores, o hygge é um estilo de vida pautado pelo bem estar, aconchego e prazer em coisas simples da vida. Para isso, Kate vai precisar levar seis jornalistas em uma viagem para Copenhague para que a imprensa possa conhecer de perto essa mentalidade. Obviamente não é uma tarefa fácil lidar com um grupo bem exigente, principalmente Ben Johnson, o jornalista mais rabugento do grupo e por quem, claro, Kate acaba se envolvendo.
O grupo é bem diverso, Avril é uma apresentadora de televisão bastante exigente e mimada, Conrad é mais velho e designer de interiores, Fiona é blogueira lifestyle bastante tímida, David um repórter freelancer, Sophie, amiga de Kate, uma ótima cozinheira e por fim Ben, que queria estar qualquer lugar menos com o grupo. O primeiro contato dele com Kate por telefone não foi nada amigável, sem saber um do outro, eles se conhecem uma festa e por mal entendido Ben passa a detestar ainda mais a protagonista É difícil gostar de Ben no começo, com uma viagem paga a Copenhague ele conseguiu por vários momentos ser bem irritante. No entanto, aos poucos a autora vai desvendando o mistério do personagem e nos dando boas explicações para sua personalidade.
Já Kate é fácil de gostar, sempre prestativa com todos, ela tem um pouco de dificuldade com o grupo (que quer sempre gastar mais do que pode), mas aos poucos consegue lidar bem com a situação, tanto que todos acabam bem próximos e amigos. E apesar de Kate ser a protagonista, a história nos dá bons plots com seus coadjuvantes. Descobrimos que a vida de ninguém é perfeita e todos eles tem um problema que acaba vindo à toda no meio da viagem. Sem contar a reconfortante Eva, mãe de Lars, dona de um café aconchegante que vira o ponto preferido do grupo na viagem. Eva é aquela personagem que sabe absolutamente de tudo, bastante olhar nos nossos olhos.
Mais do que um romance, O pequeno café de Copenhague é um jornada de autoconhecimento de todos os personagens, já que passam por momentos de reflexões sobre suas vidas e carreiras. Dá uma vontade enorme de conhecer Copenhague e terminei a leitura acreditando que lá deve ter alguma Eva com um café maravilhoso.
Primeiro contato com Julie Caplin e foi uma ótima experiência, já espero pelos próximos volumes!
FICHA TÉCNICA
Título: O pequeno café de Copenhague
Autora: Julia Caplin
Editora Arqueiro
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Michele Lima