Do Fundo da Estante: Velocidade Máxima [Nostalgia]

Um ônibus em movimento e carregado de passageiros pode explodir se a velocidade ficar abaixo dos 50 KM/H.
É com esse roteiro simples, que quase cabe em uma única linha, que o diretor Jan de Bont fez a sua estréia como diretor de longas metragens, sendo anteriormente diretor de fotografia de filmes como Cujo (1983), Conquista Sangrenta (1985), Duro de Matar (1988), Chuva Negra (1989), Caçada ao Outubro Vermelho (1990), Linha Mortal (1990) e Instinto Selvagem (1992), entre outros. Sempre emendando um trabalho no outro e mesmo sem perder o brilhantismo, Jan nunca foi reconhecido e indicado ao Oscar.
Com toda sua experiência em captar os melhores ângulos com a melhor iluminação nos momentos mais precisos, Jan foi a escolha perfeita para comandar este que é um dos filmes mais badalados dos anos 90. 
Tudo funciona.


A direção de Jan não tem nada de extraordinária, inclusive segue o padrão do gênero (vide o ótimo Duro de Matar), mas sua exata noção de ritmo transforma Velocidade Máxima em um verdadeiro espetáculo de tirar o fôlego. O casal central, formado pelo policial Jack Traven (Keanu Reeves) e a passageira e motorista de ocasião Annie (Sandra Bullock), tem tanta química em cena, que renderiam até uma série de tv sobre eles. 

E o vilão?
O saudoso Dennis Hopper, especialista em personagens perturbados, quase rouba a cena do casal central e os três juntos seguram toda a trama sem maiores esforços. Ah, os anos 90…
O roteiro apresenta situações originais e ao mesmo tempo absurdas, mas em nenhum momento questionamos o que é verossímil ou não – embarcamos nessa viagem e seguimos ansiosos até os créditos finais.
Keanu Reeves carimbou aqui seu passaporte para a trilogia Matrix e Sandra Bullock nunca mais tirou o pé do acelerador e até ganhou um Oscar de melhor atriz por Um Sonho Possível em 2010.
Vencedor dos merecidos Oscar de melhor Som e Efeitos Sonoros, Velocidade Máxima teve uma péssima continuação em 1997, sem Keanu Reeves e com Willem Dafoe de vilão, e que lhe rendeu várias indicações ao Framboesa de Ouro e o prêmio de pior sequência – é considerado também um dos piores filmes da história. Uma pena.
Há filmes que não precisam ter reboot, remake ou continuação e infelizmente, Hollywood até hoje não aprendeu essa lição.
Ah, e a música tema do Billy Idol também é ótima!
FICHA TÉCNICA
Título:  Velocidade Máxima 
Título Original: speed
Direção: Jan de Bont
Data de Lançamento:12 de agosto de 1994
Nota: 5/5

Italo Morelli Jr.
Nota 5/5

9 thoughts on “Do Fundo da Estante: Velocidade Máxima [Nostalgia]

  • 1 de novembro de 2019 em 15:28
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    Oi, Ítalo! Tudo bom?
    Eu amo de paixão esse filme (na mesma intensidade que amo o Keanu). Perdi a conta de quantas vezes assisti, pelo DVD ou quando passava em algum canal mesmo.

    Beijos,
    Denise Flaibam.
    http://www.queriaestarlendo.com.br

    Resposta
  • 1 de novembro de 2019 em 16:20
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    Oi, Italo!
    Não conhecia o filme, mas fiquei super interessada em assistir. Adoro os atores e parece ter tudo o que eu gosto em um filme de ação. Vou procurar aqui e tentar assistir no final de semana!
    Beijinhos,

    Galáxia dos Desejos

    Resposta
  • 1 de novembro de 2019 em 16:52
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    Gostei bastante do artigo de hoje, sempre estou aqui acompanhando seu blog. Tenho aprendido muitas coisas legais aqui e te agradeço por compartilhar…

    Beijos 😘.

    Meu Blog: dicasdaweb.net

    Resposta
  • 1 de novembro de 2019 em 19:33
    Permalink

    Olá, Italo.
    Eu amo esse filme. Já perdi a conta de quantas vezes assisti ele. E em todas fico desesperada achando que eles não vão conseguir hehe. Eu até que gostei da continuação, mas sem o Keanu não teve a mesma graça.

    Prefácio

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