Robin Hood: Dumas ou Pyle?
Ano da publicação original: 1872 (Parte 1) e 1873 (Parte 2)
Edição lida: Clássicos Zahar, 2014, reúne os dois livros em um único volume, 462 páginas
Tradutor: Jorge Bastos
Análise do livro: Como qualquer outro livro de Dumas, a história é rica em detalhes. Toda a primeira parte conta as origens de Robin e como ele se tornou príncipe dos ladrões, apenas na segunda parte é que conhecemos as aventuras que viraram lendas. A família é algo forte na versão de Dumas, tanto a respeito da infância quanto a respeito da vida adulta do heroi. Ou seja, o livro francês traz mulheres e, consequentemente, muito romance, algo que claramente veio mais da imaginação de Dumas do que de fatos históricos. Apesar da montanha de informações e detalhes trazidos pelo escritor, a leitura não é exaustiva, pelo contrário, nos ajuda a construir melhor o lendário personagem.
Análise da edição: A capa dura da Zahar é irresistível, além da simples e bela ilustração usada. O livro não é ilustrado, mas é preenchido de notas do tradutor, que vão desde assinalar falhas na narrativa de Dumas (como citar um nome e depois outro para a mesma pessoa) até explicar referências históricas. Além disso, há uma apresentação inicial e uma detalhada cronologia biográfica sobre o autor no fim da edição. Os nomes dos personagens são traduzidos na mesma lógica da Disney, o que, a meu ver, é algo positivo.
Título original: “The Merry Adventures of Robin Hood”
Ano da publicação original: 1883
Edição lida: Martin Claret, 2013, 309 páginas
Tradutor: Luiz Fernando Martins
Análise do livro: A narrativa de Pyle é mais próxima da cultura oral. Os capítulos são pequenos e o fim de um puxa o início do próximo. Ou seja, a impressão que temos é que estamos ouvindo a história de Robin Hood em uma roda de conversa. Sendo assim, a história não é cheia de detalhes descritivos, se apegando apenas aos fatos. Ao falar em capítulos curtos, a impressão é que a leitura é rápida, o que não é bem verdade. É gostoso parar a cada fim de capítulo para digerir o que nos foi contado, quase como se estivéssemos lembrando de algo que presenciamos, mas claro que a deixa no fim do capítulo não nos deixa abandonar a leitura por muito tempo. Ler Pyle é uma experiência gostosa, mas pode decepcionar quem gosta dos mínimos detalhes registrados. A narrativa é cheia de cantigas, o que nos traz um pouco da atmosfera da época – outro ponto positivo para mim.
Análise da edição: O livro é ilustrado, mas, apesar de Pyle ter sido um grande ilustrador, os desenhos da edição brasileira são assinados por Sérgio Magno. A capa não é dura e, pessoalmente, não achei as cores atrativas, mas essa questão visual nunca foi algo importante para mim. Algo que me incomodou muito na edição foi a não-tradução total dos nomes. O nome João Pequeno, tão popular na língua portuguesa, é trazido como ‘John Pequeno’ – pessoalmente não gostei da mistura de idiomas. Já algo muito legal na edição da Martin Claret foi a apresentação inicial de Robin Hood, trazendo a percepção histórica do personagem nas palavras da professora universitária Lilian Cristina Corrêa.
Estátua em homenagem a Robin Hood em Nottingham |
Já leram algum dos livros? Se sim, compartilhem suas opiniões. Se não, o post serviu para escolher qual edição ler? Espero que sim, já que espero que a demora por esse post tenha valido a pena (do contrário minha dívida com a Estante será triplicada).
Oi, Ana!
Pode me julgar mas nem sabia que Robin Hood era livro hahahha (Rindo mas de nervouso)
Beijos
Balaio de Babados
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Oi Ana!
Achei muito interessante seu post!
Confesso q n sabia quem tinha escrito sobre Robin Hood! XD Como vc, adorei aquele filme com o Russell Crowe!
Bjs
http://acolecionadoradehistorias.blogspot.com
só vi filmes de robin hood. beijos, pedrita http://mataharie007.blogspot.com/
Olá Ana!
Por conta da série do Robin Hood da BBC me interessei em ler os livros. Gostei bem mais da versão do Dumas tanto pela construção da história quanto pelo estilo de escrita.
Bjs
EntreLinhas Fantásticas
Oi, Ana
O único Robin Hood que eu conheço é o que aparece no Shrek! ahahahah
Nunca assisti a um filme nem nada, mas conheço a história de ouvir falar.
Se fosse para escolher um, seria o do Dumas. Gostei porque tem uma coisa família e tal.
Beijo
– Tami
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Oi, Ana!
Que perspectiva legal que você nos trouxe. Sendo bem sincera, eu não conheço muitas as histórias de heróis que acontecem na Era Medieval, como a do Hood e Rei Arthur, acho que nunca li ou vi filmes a respeito. Eu acho que ficaria com a do Pyle porque eu não entendo muito bem a história e acho que facilmente poderia abandonar. Se me der a impressão de que é uma leitura mais rápida, talvez eu conseguisse ir até o fim e encarar a leitura de Dumas.
Beijo
http://www.suddenlythings.com/
Oi, Ana! Tudo bom?
Não li Robin Hood ainda, mas tá na minha lista de clássicos pra serem lidos em breve. Eu conheço a história láááá do filme com o Kevin Costner e o Alan Rickman – aliás, saudades. É tão divertido! Não sei se tu assistiu, mas recomendo muito. E tem uma série da BBC que também adaptou a história; amo mais que lasanha.
Acho que vou preferir o do Dumas porque já gosto da narrativa dele – 'Os Mosqueteiros' tem meu coração <3 – então capaz de me dar melhor com esse também. Mas adorei a análise dos títulos!
Beijos,
Denise Flaibam.
http://www.queriaestarlendo.com.br
Tenho e li a versão do Howard Pyle e simplesmente adoro. Li dele também o volume 1 e 2 dos Cavaleiros da távola redonda. Mas também tenho curiosidade e pretendo ler a versão do Dumas, pois também amo os livros do autor <3
Amei as resenhas e comparações =D