O mestre dos gênios [Resenha do Filme]

Conferimos a Cabine de Imprensa de O mestre dos gênios. Filme estreia dia 20/10/2016

Dificilmente não gosto de um filme que conta uma história de vida de um personagem excepcional e com O mestre dos gênios, não foi diferente.
Baseado na biografia Max Perkins: Um Editor de Gênios de A. Scott Berg (Editora Intrínseca), o longa mostra a vida de Max (Colin Firth) que tem o difícil trabalho de editar livros, de decidir quem será publicado, o que será, quando será, o que deve ser cortado de uma obra ou acrescentado nela. Devo dizer que ser editora de um site/blog já é um pouco difícil porque cada vez que corto uma palavra às vezes nossos queridos colunistas sentem que eu corto um braço deles, imagina lidar com egos de grandes escritores. Sim, porque mesmo um autor desconhecido, depois de um tempo em que a crítica começa a elogiar, os egos começam a inflar.
Thomas Wolfe (Jude Law) era um ilustre desconhecido e ninguém queria publicar suas obras, que eram inclusive muito longas. Max acreditou no talento do autor e o lançamento de seu primeiro livro, Look Homeward, Angel, foi um sucesso de críticas. Logo, Thomas aparece com sua segunda obra, só que dessa com 5 mil páginas! Prolixidade chega a ser eufemismo neste caso. Porém, mesmo assim, Max teve a enorme paciência de editar a obra de Thomas, de cortar tudo que deveria ser cortado, mas Thomas ganhou confiança e começou a defender seu texto como todo escritor. A partir de então começamos a ver outro Thomas, mais egoísta e mais intransigente. Entretanto, temos também muitos momentos em que o escritor se mostra extremamente grato ao editor, levando em consideração os conselhos de Max.
Quase todo o longa é focado na amizade complexa entre Thomas e Max, mostrando o quanto o editor abriu mão de momentos com a família para editar Of Time and the River, a paciência de ter que lidar com a amante de Thomas, Aline Bernstein (Nicole Kidman), uma mulher do teatro, dramática, temperamental, possessiva a ponto de ameaçar a vida de Max por ciúmes. No entanto, se alguém evoluiu evidentemente nesta história foi Aline, já que termina entendendo Thomas muito mais do que o próprio Max entendeu.
Temos também F. Scott Fitzgerald, autor do clássico O Grande Gatsby, interpretado por Guy Pearce, um homem com problemas no casamento por ter uma mulher que estava enlouquecendo e passou a enfrentar grandes bloqueios de criatividade. Porém, Max era um editor que não abandonava seus escritores
Em relação aos atores, Colin Firth é sempre genial e Jude Law representou bem a figura de um dos grandes gênios da literatura bem como Nicole Kidman em seu papel de mulher transtornada.
Acredito que a forma como Thomas termina é quase que previsível, afinal, os gênios possuem uma vida incomum e possuem um temperamento nada fácil. São pessoas difíceis de se conviver, de compreender e isso fica visível em todo a história abordada. Talvez o único pecado do longa tenha sido a construção do clímax para o ato final do filme, poderia ter sido menos morno, mais tenso, mas de modo geral é uma história que agradou muito e deve agradar a todos os fãs de literatura e de personagens incríveis.
Trailer:
FICHA TÉCNICA
Título: O mestre dos gênios
Título Original: Genius
Diretor: Michael Grandage
Data do lançamento: 20 de outubro de 2016
Michele Lima

5 thoughts on “O mestre dos gênios [Resenha do Filme]

  • 20 de outubro de 2016 em 23:56
    Permalink

    Oie Michele =)

    Não conhecia o filme e muito menos o livro (como ando desatualizada Senhor!). Porém só pelo elenco desse filme eu já quero assistir ele. Além disso pelo trailer e sua resenha percebi que o enredo tem elementos que me agradam muito em um boa história.

    Mas um filme para minha lista 😉

    Beijos;***

    Ane Reis.
    mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias…
    @mydearlibrary

    Resposta
    • 21 de outubro de 2016 em 01:47
      Permalink

      Oi Ane!!

      assisti sim, acho que vc vai gostar!

      Resposta
  • 21 de outubro de 2016 em 11:37
    Permalink

    Eu vou ver o filme pelos atores que adoro e também porque envolve um ambiente que amamos, afinal somos amantes de livros e será bem legal conhecer um pouco mais dos bastidores
    abraços
    Gisela
    http://www.lerparadivertir.com

    Resposta

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