Twin Peaks [Resenha Literária]
Enquanto a introdução de Go, do Moby, começa a tocar (que é exatamente um sampler da magnífica e eterna trilha composta por Angelo Badalamenti e pelo próprio David Lynch), fico pensando no quão afortunado fui em ter sido o escolhido a escrever sobre Twin Peaks – Arquivos e Memórias, do Brad Dukes – mais um lançamento absolutamente perfeito da Darkside. Mas antes de nos enveredarmos pelo livro, falemos de Twin Peaks.
O ano era 1990. Em abril passado a exibição do episódio piloto (aquele que começa com um pescador de uma pequena cidade montanhosa dos Estados Unidos achando o corpo de uma jovem enrolado em saco plástico e descobrindo, dolorosamente, que é a bela e inocente Laura Palmer) completou exatos 27 anos. 27 anos de encantamento, medo e muito devaneio. A porta que Lynch e Mark Frost nos abrem ao nos presentearem com o passaporte para Twin Peaks é, e sempre será, sem igual. Pelo menos no que diz respeito à primeira aclamada temporada e seus oito episódios – incluindo o piloto. Uma segunda temporada foi realizada, 22 episódios e diferentes diretores, mas não alcançou o mesmo sucesso da primeira.
Quando deu vida ao projeto Twin Peaks, que no início era chamado de Northwest Passage, David Lynch havia estreado, em 1977 na direção do excelente Eraserhead, e continuou com produções no mínimo impressionantes como Veludo Azul (1986) e Wild at Heart (1990). Seria ainda altamente elogiado, e talvez odiado por alguns, com Cidade dos Sonhos (2001). O universo administrado por Lynch é cheio de weirdos, e eles assustam; mas também amam e odeiam, sentem-se felizes e sofrem, como eu ou você. Já Mark Frost trouxe a Twin Peaks o lado mais comercial e um pouco mais de ação, dentro da medida exata esperada para uma produção como Twin Peaks. Até 1987 ele escreveu o roteiro da série para TV Chumbo Grosso (Hill Street Blues) e ficaria mais conhecido anos depois com seu trabalho para o Quarteto Fantástico. Muitas e muitas dessas informações você encontrará no livro de Brad Dukes.
Desde o prólogo com Dukes descrevendo como aos nove anos de idade entrou uma noite na cozinha e se deparou com sua mãe grudada à TV e, automaticamente, ficou fascinado pelo que viu; até a última página das 317 dessa impecável arca de raro tesouro, a viagem proporcionada é absolutamente deliciosa – como a cherry pie favorita do agente Dale Cooper. Todos os capítulos são construídos à base de depoimentos, muitas imagens (raras e pessoais) e revelações de todos os envolvidos em Twin Peaks: atores, diretores, produtores, equipe em geral. E isso faz com que o mergulho nas turvas águas dessa cidade americana fictícia fique ainda mais pessoal e completo.
Se nem tudo são flores, esse trabalho de Brad Dukes nos deixa a certeza de que Twin Peaks foi feita com muita dedicação e bastante trabalho árduo. E que a série estaria, sem sombras de dúvidas, fadada a entrar para os anais da televisão americana. Nenhuma outra história havia trazido até então a pungência e a dolorosa realidade de personagens tão díspares e ao mesmo tempo tão congruentes quantos o dessa trama. Espero viver ainda muitos anos, e uma certeza eu tenho: me arrepiarei todas as vezes em que ouvir a trilha de Twin Peaks. All hail Badalamenti!
FICHA TÉCNICA
Título: Twin Peaks
Autor: Brad Dukes
Onde Comprar: Amazon
Camiseta Twin Peaks
Cristiano Santos
Oi Cristiano!
Concordo plenamente: Twin Peaks é ímpar! Só de ver a foto da placa "Welcome to Twin Peaks" eu já fui capaz de ouvir a musica de abertura. Eu não sou uma fã fervorosa da série, mas também gostei muito da primeira temporada e ler o livro me deixou com uma vontade imensa de rever tudo (mesmo a segunda temporada sendo tão desconexa como é) em preparação para a terceira temporada que está vindo aí.
A Darkside realmente se superou mais uma vez (e esse kit, hein?)
Beijos,
alemdacontracapa.blogspot.com
Ola Mariana! Concordo muito com tudo o que disse!
E viva a Darkside!
bjo
Oioi bonito!
A Darkside é muito maravilhosa mesmo! Fiquei super curiosa com a série também, já tinha lido sobre esse livro antes e a vontade de ler ele agora aumentou ainda mais haha
Beijão,
http://www.cretinaliteraria.com
AHAHAHAH! Gostei do bonito 🙂
Oi oi bonita!
Entao assista a serie, e tomara que se apaixone!
bjo
Gostei do post
Blog Entrelinhas
Gostei do seu gostei 🙂
Valeu, Felipe!
Interessante, porque a Darkside sempre me surpreende com os estilos de publicações deles e histórias tão diferentes. Esse livro eu já tinha visto ele pela net, mas nunca tinha lido resenha. Não faz muito meu estilo, mas a história parece ser bem interessante para quem gosta 🙂
http://www.vivendosentimentos.com.br
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Ta certo, Monique. Valeu pelo comentario!
bjo
Oi, Cristiano. Eu não conheço o livro e nem faço ideia do que seja Twin Peaks porque não tenho muita familiaridade com o cinema antigo americano, mas amei a edição da Darkside, com certeza gostaria de ter o livro em casa.
Beijo! Leitora Encantada
Hehehe, entendi. Agora voce tem a chance de conhecer!
bjo
Eu acabei de ver esse livro na livraria (hoje!) e fiquei encantada. DOIDA para ler!
Faça-o 🙂
Valeu!
Oi! Esta é uma série que tenho muita vontade de conferir e ainda este ano vou corrigir isso. Achei bem legal o livro também e se curtir a história assistindo, lerei esta obra.
Bjos!! Cida
Moonlight Books
Brigado, Cida! E conheça sim TP, vale a pena!
bjo
Acredita que apesar da fama, eu nunca vi a série? E pensava que o livro era a história mesmo escrita, mas pelo jeito é igual à Donnie Darko, uma reunião de informações sobre a obra original. Ótima resenha!!
xx Carol
http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
Obrigado, Carol!
Ainda preciso conferir o Donnie, que tanto amo!
Valeu!bjo
Oii!
A Darkside é muito maravilhosa! Não tem como não amar.
Eu nunca tinha ouvido falar da série, acredita? Mas depois dessa resenha eu fiquei morrendo de vontade de ver e já tô futucando na net. hahaha
Beijo
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Oi Daniella!
Hehehehe, adorei saber que futucou na net pra descobrir mais sobre Twin Peaks <3
bjo
Oi Cristiano,
Esse post foi um bem a sociedade. Sério.
Eu queria muito entender o que Twin Peaks era e o porquê todos estavam comentando.
Obrigada!
Beijo
http://estante-da-ale.blogspot.com.br/
Puxa, Ale! Muito obrigado 😉
bjo gde