Adão Negro [Crítica do Filme]
Em 2007, o lutador Dwayne Jonhson “The Rock”, estava no início de sua carreira em produções para Hollywood. Antes mesmo da popularização do gênero de heróis nas telonas, o ator foi contratado pela Warner Bros. Pictures para interpretar o vilão ‘Adão Negro’ da DC Comics nos cinemas. E após 15 anos de congelador, o projeto solo do personagem finalmente ganhou vida e foi inserido ao universo compartilhado “polêmico e confuso” iniciado em Homem de Aço (2013).
O diretor Jaume Collet-Serra teve a difícil tarefa de transformar um longa com duas horas de duração para sintetizar a origem do protagonista, mitologia, antagonistas e coadjuvantes que são desconhecidos pela maior parte do público. E com isso a produção tem inúmeros diálogos explicativos e frases de efeito que soam um pouco desgastante como um freio da narrativa.
Já o panorama de fundo antes da apresentação oficial de nosso anti-herói, vemos Adrianna (Sarah Shashi) uma exploradora que está em busca de um artefato misterioso ao lado de sua equipe e enfrenta terroristas para ressuscitar o Adão Negro considerado o ‘Campeão’ de Kahndaq, um país fictício com inspirações egípcias que cerca a trama do início ao fim. O eixo da equipe é nos moldes de filmes de aventura que vencem quaisquer obstáculos que estão pela frente, sendo mais do mesmo.
A personagem de Shashi e seu filho Amon Thomaz (Bodhi Sabongui) ganham peso fundamental no desenvolvimento, por muitas vezes se equiparando em discussões com os heróis. Assim, vemos a humanidade ganhando destaque e tentativa mediana do cineasta de conciliar a relação humana com espectador para o enfrentamento da jornada imposta, diminuindo o ritmo das passagens da linearidade dos atos.
Logo, o nosso protagonista ganha uma origem de respeito se comparando aos quadrinhos dos Novos 52 e sua mitologia é mais aprofundada se assimilar a Shazam! (2019) que também gira em torno do mesmo universo singular, tangendo nas páginas do herói como rival. Além disso, notamos como a brutalidade em seus golpes tornam o visual impactante lembrando ao de Superman e trazendo um tom mais “pesado” ao filme, que são aliviados por expressões cômicas que funcionam em alguns momentos.
A introdução da Sociedade da Justiça, composta por: Gavião Negro (Aldis Hodge), Senhor Destino (Pierce Brosnan), Esmaga-Átomo (Noah Centineo) e Ciclone (Quintessa Swindell), é apresentada de maneira simplificada ao estilo de frases curtas e pouco desenvolvimento. O intuito principal é o choque entre as moralidades do personagem principal, conter suas forças para evitar maiores catástrofes e ajudar na luta final contra o antagonista que é fraco.
Com a equipe, acaba gerando uma ótima discussão social envolvendo invasão de território e mudança de hábitos em nações como: os Estados Unidos no Oriente Médio, além de ideias filosóficas e éticas produzidas por Destino. Assim, vemos o impacto feito pelos super-heróis da editora que são realmente “deuses entre nós”, afetando seus dilemas e também suas forças diante dos locais de batalha em suas destruições.
Em Adão Negro, não vemos uma história que empolga no sentido de querer desvendar os próximos capítulos introduzidos, mas certamente vai cativar o espectador que gosta dos projetos com a cara de The Rock. Cheio de aventura, lotado com cenas de ação, o tornando aquele filme “pipoca” de acompanhar ao lado da família no cinema e que também vai agradar a maior parte dos fãs.
FICHA TÉCNICA
Título: Adão Negro
Título Original: Black Adam
Diretor: Jaume Collet-Serra
Data de lançamento: 20 de outubro de 2022
Warner Bros. Pictures
Parece ser um belo entretenimento. Gostei de ver.
Boa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Olá,
Estou bem curiosa, apesar que gosto do Jaume pelos filmes de terror haha
Mas The Rock é simpático e assisto suas obras surrealistas com a mente desligada da seriedade. haha
até mais,
Canto Cultzíneo