Em “O visconde de Bragelonne”, finalmente ou lamentavelmente, a saga dos queridos mosqueteiros é concluída… É nela que aparece os episódios que inspiraram o famoso filme “O homem da mascara de ferro”.
Desfrutem companheiros!
“A força, a nobreza e o ânimo tinham ido para Deus; a astúcia, mais hábil, sobrevivia-lhes e ficava na terra.”
(O visconde de Bragelonne – Capítulo CCL – A morte de d’Artagnan)
As aventuras dos quatro amigos, sempre tão alegres e corajosas, acabam nas inúmeras páginas de “O visconde de Bragelonne”. Talvez por ser justamente o fim, Dumas dá à saga um tom mais triste e tenebroso. Podendo ser encontrada em até dez volumes, a história que leva no nome o título de Raul, filho de Athos, conta não apenas a história dele, mas outras tantas, mostrando importantes figuras da História francesa e os quatro amigos tão conhecidos envolvidos em diferentes histórias.
Luísa de la Vallière, então comprometida com Raul, consegue um lugar como dama de companhia da rainha, esposa de Luís XIV, e torna-se amante do jovem rei. D’Artagnan, por sua vez, não contente com o novo reinado, abandona seu cargo e, com Athos, vai à Inglaterra ajudar Carlos II a retomar o trono que Cromwell tirou do seu pai, voltando depois ao serviço do rei francês. Luís, por sua vez, como soberano, é guiado por Colbert a testar o superintendente de finanças, Fouquet, fazendo com o que o simpático funcionário beire o desespero e vá a falência. Fouquet, no entanto, conta com a ajuda do cada vez mais misterioso Aramis, que lhe dá toda a ajuda financeira necessária para manter o cargo e a imagem do amigo, além de, consequentemente, acabar com Colbert e o rei.
É impossível fazer uma simples resenha deste livro, justamente por ter tantas histórias, assim como difícil seria fazer uma adaptação teatral ou cinematográfica que não fosse gigantesca. Provavelmente por isso é que “O visconde de Bragelonne” não seja um título tão divulgando quanto “O homem da máscara de ferro”. Essa última história que, creio, todos já ouviram falar, faz parte do último livro da saga dos mosqueteiros. É aqui que Aramis descobre a existência de Felipe, preso na Bastilha atrás do nome Marchiali, e o qual nem desconfia ser irmão gêmeo do rei. Aramis, por sua vez, planeja o sequestro de Luís e a fuga de Felipe com o intuito de colocar este último no posto de rei da França.
O fim da saga não poderia escapar à morte dos admiráveis amigos ou de um final inesperado. Com suas mil e uma situações, Dumas consegue terminar com esplendor aquilo que teve um início encantador. Um livro magnífico e, infelizmente, difícil de ser encontrado (se bem que tudo se encontra na Estante Virtual), o que triplica o valor de tê-lo em mãos nem que seja apenas por tempo suficiente para lê-lo.
Fonte da ilustração
Minha edição linda, encontrada na Estante Virtual. Meu grande xodó, já que ela é realmente difícil de encontrar, ainda mais completa. Essa edição possui dez volumes, publicados entre setembro de 1957 a agosto de 1958 pela Livraria Fittipaldi Editora.
E na próxima segunda preparem-se para conhecer uma obra de Dumas da qual nem todos ouviram falar: “Os irmãos corsos”.
Posts do especial publicados anteriormente:
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que incrível essa coleção. coloca no seguro. os livros aqui são as minhas joias tb. o problema do seguro é não conseguir outra igual. amando os miseráveis. passei da metade do primeiro volume. beijos, pedrita
Olá, tudo bem?
Adorei o post e a série sobre Dumas. Nunca li nada do autor, mas sua importância é inegável.
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
Gente do céu, que coleção linda demais, sem or <3 <3 <3
Não sabia que era uma coleção grande.
Beijos
Balaio de Babados
Oi.
O Dumas era mesmo um gênio.
Eu fico impressionado com um autor que escreve um livro tão grande como esse.
Dez volumes!
E não é só quantidade (tamanho), mas sobretudo pela qualidade do que ele escrevia.
Nos faz muita falta, Dumas.
Abraços.
Diego || Diego Morais Viana