Do Fundo da Estante: Tina [Crítica do Filme]
Impecável cinebiografia de Anna Mae Bullock, mas conhecida como Tina Turner, uma das maiores intérpretes da música. Nascida em 26 de novembro de 1938 em Nutbush, Tennessee, desde criança mostrava inclinação para a música no coro da igreja, apesar de seu estilo não ser muito apropriado para o local. Ela também muito cedo foi abandonada pela mãe e criada pela avó até a morte dela, quando tinha 16 anos. A partir de então ela foi morar com a mãe em St. Louis e logo trabalhava como cantora de R&B em uma banda liderada por Ike Turner. Logo os dois se envolvem, têm um filho e vão se casar no México.
Em 1960 ela já se chamava Tina Turner e, junto com Ike, vão para Nova York, começam a se apresentar e subir no hit parade. Mas nos anos seguintes Ike passa a agredir Tina sistematicamente. Ela tenta aguentar a situação e manter as aparências, mas após uma violenta briga decide se divorciar e abre mão de todos os bens, mas para isto exige continuar usando seu nome artístico. Ela então direciona sua carreira como cantora de rock & roll e sua ascensão é vertiginosa, mas Ike é uma ameaça que ronda sua vida.
Tina e Ike são interpretados com muita fúria respectivamente por Angela Bassett e Laurence Fishburne. Principalmente Angela, que teve aulas de dublagem e postura cênica com a própria Tina Turner que acompanhou todo a produção do filme. O diretor Brian Gibson se redime do fiasco Poltergeist 2 e nos entrega um filme de grande impacto emocional. Mesmo não sendo fisicamente parecida com Tina, Angela incorpora todos os trejeitos e expressões faciais, dando conta do recado tanto nos números musicais quanto nas cenas dramáticas. Lawrence Fishburne também encarna muito bem a paranoia machista de Ike Turner, com sua expressão dura e olhar ameaçador. A química entre o casal de atores é incrível e eleva o nível da obra, sempre tida como referência de como se fazer uma cinebiografia decente.
Tina – A Verdadeira História de Tina Turner é um filmaço de uma grande artista!
Italo Morelli Jr.
Olá, Italo.
Eu lembro que assisti esse filme, mas confesso que não lembro muita coisa dele não hehe.
Prefácio