Hotel Assombrado [Crítica da Série]

A animação Hotel Assombrado, da Netflix, criada por Matt Roller (Rick and Morty), chegou em setembro e é uma opção leve, adulta e divertida para o mês do Halloween!

Katherine é uma mãe solteira que, junto com seus filhos Ben e Esther, se muda para o Hotel Undervale, que pertencia ao seu falecido irmão Nathan. No entanto, o local é assombrado por espíritos peculiares que morreram por lá, o que inclui o próprio Nathan. Além da família, também vive no hotel um demônio imortal bastante dramático e sombrio chamado Abaddon, que está preso no corpo de um garoto do século XVIII.

A cada episódio, acompanhamos os dilemas da família e dos fantasmas. Katherine tenta atrair hóspedes para o hotel, Ben lida com suas inseguranças e uma namorada fantasma, Esther (a mais inteligente de todos) sempre aprontando, e Nathan, sempre solícito, descobre, no penúltimo episódio, como realmente morreu, em uma revelação bem pesada e inesperada. Aliás, vale reforçar: não é uma animação para crianças, já que as piadas são bem adultas!

A série equilibra bem humor, terror, situações nonsense e relações familiares. Os personagens principais têm carisma, mas confesso que gostaria que o roteiro explorasse mais os fantasmas habituais do hotel, que mostraram ter ótimo potencial. Inclusive, Abaddon teve um bom destaque na temporada, mas, sendo um dos personagens mais engraçados, poderia ter sido ainda mais aproveitado.


De toda forma, ainda que Hotel Assombrado não traga nada realmente inovador, entrega o que promete: uma comédia sobrenatural eficiente. O terror aqui é mais simpático do que assustador, e as piadas ácidas funcionam bem. É divertido acompanhar a família no hotel e as bizarrices do lugar, tanto que fiquei com vontade de ver mais episódios e torço por uma segunda temporada.

Michele Lima

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