Pulso [Crítica da Série]

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Pulso é a primeira série médica da Netflix e chega com algumas polêmicas e bons casos médicos!

Estrelada por Willa Fitzgerald, a série acompanha um grupo de residentes em um hospital em Miami! A protagonista, Dra. Danny, acabou de denunciar seu chefe por assédio sexual, o que se transforma em um grande caso no hospital, já que parte da equipe fica dividida sobre o tema! O fato é que descobrimos logo que Danny tinha um relacionamento consensual com Dr. Xander Phillips (Colin Woodell), mas se sentia boa parte do tempo incomodada por ele ser seu chefe, com medo de ter favorecimentos indevidos.

Assim que Phillips é suspenso, Danny vira chefe temporária, o que gera ainda mais comentários sobre a questão, principalmente por parte do insuportável Dr. Cole (Jack Bannon). Aliás, alguns personagens masculinos dessa série são realmente tóxicos. Cole, por exemplo, destrata bastante a residente Sophie (Chelsea Muirhead) que tem sérios problemas em se defender dele. As interações dela com Camila (Daniela Nieves) são sempre muito boas, principalmente pelo fato da novata ser bem sensata.

Ainda que o tema principal seja todo o imbróglio de Danny e Phillips e como isso afeta as relações no hospital, é a parte médica que faz com que Pulso seja uma série que nos impulsiona a continuar vendo. Confesso que boa parte dos flashbacks quebraram um pouco do ritmo, o romance (ou quase romance) não empolga. Por outro lado, as personagens femininas ganham força na trama, Natalie Cruz (excelente Justina Machado de One Day at a Time) é uma médica durona que muito me lembrou Dra. Bailey de Grey’s Anatomy, inclusive as comparações entre as séries médicas são inevitáveis! Embora Pulso tente trazer temas complexos, fica bastante empacada com o tema central, desenvolvendo de modo muito raso a questão do assédio.

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A série tem um ótimo elenco que conta com Jessie T. Usher de The Boys, mas seu personagem Sam fica de escanteio mais do que deveria na trama, um pouco avulso muitas vezes, o mesmo acontece com a irmã de Danny, Harper (Jessy Yates), que poderia ter sido mais explorada do que foi.

De modo geral, Pulso tem personagens interessantes, mas mal aproveitados, a série mostra um bom potencial e não é enfadonha, mas vai precisar de ajustes, caso tenha uma segunda temporada. Comparada com o auge de Grey’s Anatomy ou com a atual The Pitt, é uma série médica de nível inferior, ainda que boa de acompanhar. 

Michele Lima

Na Nossa Estante

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