Um espião infiltrado [Crítica da Série]
Um espião infiltrado é uma série da Netflix baseada em fatos reais! O caso do aposentado chileno ganhou um documentário chamado The Mole Agent, lançado em 2020! No entanto, aqui temos uma série de comédia leve que aborda temas sensíveis.
Na trama, Charles (Ted Danson) é um professor, viúvo e aposentado que um dia para sair do marasmo que é sua vida, arranja um emprego com a detetive particular Julie (Lilah Richcreek Estrada). Charles precisa investigar o roubo de um colar valioso em uma casa de repouso e para isso passa a morar lá, como um espião infiltrado no local.
A série é criada por Michael Schu, conhecido por seus trabalhos nas séries The Office e Parks and Recreation, também criador de Brooklyn Nine-Nine e The Good Place. Ou seja, já era esperado uma boa qualidade e a série não decepciona nesse quesito!
Ted Danson é um ator extremamente versátil e está excelente como Charles, um homem que ainda sente a morte da esposa que sofria de Alzheimer e muito por isso, acaba se dando muito bem na casa de repouso. Aos poucos o protagonista começa a fazer amizades sinceras por lá e isso atrapalha um pouco sua investigação. E assim, a gente percebe que o foco da história não é exatamente saber quem roubou o colar, mas sim entender sobre solidão e luto.
Um pouco da solidão de Charles está relacionada a seu relacionamento com sua filha. Emily (Mary Elizabeth Ellis) tenta se aproximar do pai e ter conversas mais abertas com ele, mas Charles é um homem com dificuldade de falar sobre seus sentimentos, algo que aprende também na casa de repouso.
Com apenas oito episódios de 30 minutos, Um espião infiltrado é uma comédia leve, que diverte bem, com uma trama delicada e bonita. Vale a pena conferir.
Michele Lima