Coringa: Delírio a Dois [Crítica]

Coringa: Delírio a dois

O Coringa de Todd Phillips foi excepcional, principalmente para quem queria ver algo tão primoroso com algum personagem da DC nos cinemas. Não à toa, Joaquin Phoenix ganhou o Oscar de melhor ator! E apesar de alguns críticos reclamarem da violência, particularmente achei o filme incrível! Mas precisava de uma continuação? Não!

Antigamente era mais fã de musicais, hoje em dia nem tanto, curiosamente a parte musical do longa é ótima e conversa muito bem com o enredo! Infelizmente, peca pelo excesso em alguns momentos e esvazia a trama que já é bem fraca!

Porém, nem tudo é ruim. As cenas musicais elevam bastante a produção e esteticamente o filme é lindíssimo. Além disso, Todd Phillips ousa e bastante! Há uma subversão mais uma vez do gênero quadrinhos nos cinemas e o diretor arrisca, brilhantemente, ao nos propor a ideia do delírio compartilhado, no caso de Arthur Fleck e Lee Quinzel.

Era possível ter tudo isso em outro enredo, uma trama que fosse realmente acrescentar algo de muito relevante na jornada do protagonista e justificasse a sequência. No entanto, somos apresentados a uma história de amor superficial.

Arthur está no Asilo Arkham em Gotham depois dos crimes que cometeu no primeiro filme. Sua advogada adota na linha de defesa um possível caso de dissociação de personalidade. O Coringa seria uma pessoa e Artur outra, mas o protagonista é estimulado a assumir novamente sua personalidade criminosa por Lee.

Filme Coringa: Delírio a dois

É Lee Quinzel quem estimula Arthur Fleck, debilitado, fraco, sem personalidade, a voltar com toda sua insanidade. É muito interessante que seja a versão da Arlequina aqui a estimular o Coringa! E teria sido mais significativo se essa trama tivesse sido desenvolvida ao invés de ser dissolvida nas cenas musicais.

As cenas do julgamento de Arthur são primorosas e muito interessantes, mas me senti enganada o tempo todo pelo filme. A todo tempo o enredo parecia que nos apresentaria algo a mais e esse algo a mais nunca veio. Foi frustrante.

O longa tem muitas referências aos quadrinhos e até vemos Harvey Dent como promotor! E vale a pena dizer que o longa não é cansativo, pelo contrário foi fácil de assistir.

Enfim, Coringa: Delírio a dois ainda é um bom estudo de personagem, com atuações ótimas (Lady Gaga não decepciona), mas, infelizmente, falha em nos apresentar uma história mais profunda que certamente o casal psicopata merecia. 

FICHA TÉCNICA

Título: Coringa: Delírio a Dois
Título Original: Joker : Folie à Deux
Direção: Todd Phillips
Data de estreia: 3 de outubro de 2023
Warner Bros Pictures

 

Michele Lima

One thought on “Coringa: Delírio a Dois [Crítica]

  • 14 de outubro de 2024 em 14:38
    Permalink

    Parece ser um importante longa. Fiquei com vontade de assistir.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

    Jovem Jornalista
    Instagram

    Até mais, Emerson Garcia

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Dicas de Filmes Para o Fim de Semana Dorama: Uma Família Inusitada
Dicas de Filmes Para o Fim de Semana Dorama: Uma Família Inusitada